
Um analista do Ministério da Justiça revelou que o governo de Jair Bolsonaro solicitou a análise de dados com o objetivo de vincular o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a uma facção criminosa. As informações foram obtidas através de documentos internos e levantamentos realizados por órgãos de inteligência.
Os detalhes da operação
Segundo as fontes consultadas, a equipe do então ministro da Justiça teria encomendado relatórios que cruzassem dados sobre:
- Movimentações financeiras de aliados de Lula
- Comunicações interceptadas por órgãos de inteligência
- Registros de visitas a presídios
Objetivo político?
Especialistas em direito constitucional questionam a legalidade da operação, sugerindo que o objetivo seria criar um narrativa política contra o ex-presidente durante o período eleitoral. "Quando um governo usa aparatos estatais para atacar adversários, estamos diante de um grave risco à democracia", afirma um jurista consultado.
Repercussão no cenário político
A revelação ocorre em um momento delicado para a oposição, que ainda tenta se reorganizar após a derrota nas últimas eleições. Líderes petistas já anunciaram que vão levar o caso ao Ministério Público e à Comissão de Direitos Humanos da OEA.
Por outro lado, aliados de Bolsonaro negam qualquer irregularidade e afirmam que todas as ações do governo anterior foram realizadas dentro da legalidade. "Era dever do Estado investigar possíveis vínculos entre políticos e o crime organizado", declarou um ex-assessor do MJ.