Gonet Adverte: Impunidade para Golpistas Alimenta Autoritarismo no Brasil
Gonet: Impunidade golpista alimenta autoritarismo

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Cristiano Zanin, não usou meias palavras ao abordar um tema que, vamos combinar, dá arrepios. A conversa girou em torno de algo que deveria ser impensável em pleno 2024: tentativas de golpe. E o recado dele foi duro, direto e, convenhamos, necessário.

Num evento jurídico que reuniu algumas das mentes mais afiadas do país, o ministro soltou a bomba: quando o Estado deixa de reprimir — com o rigor que a situação exige — esses surtos autoritários, o que se vê é um perigoso efeito dominó. É quase como dar sinal verde para a baderna.

E não é que ele tem razão? A gente já viu esse filme antes, e o final nunca é bonito. A impunidade, nesses casos, não é apenas uma falha; é um combustível. Alimenta a ilusão de que quebrar as regras do jogo democrático não traz consequências. E aí, meu amigo, o buraco é mais embaixo.

O Perigo da Normalização do Inaceitável

Zanin foi categórico. Ele defendeu que a resposta do sistema de Justiça precisa ser rápida, firme e exemplar. Do contrário, a mensagem que fica é de fraqueza. E golpista, quando sente cheiro de vacilo, embarca mesmo na aventura. É um jogo psicológico perigosíssimo.

O ministro lembrou, com toda a clareza, que as instituições não podem titubear. A lei precisa funcionar como um farol — inegociável. Se um ataque à democédia passa em branco, o próximo será mais ousado. É uma escalada que pode terminar muito, muito mal.

Não se trata de ser alarmista. É realismo puro. A história está aí, cheia de exemplos, para quem quiser ver. Países que negligenciaram pequenas fissuras no sistema democrático acabaram vendo elas virarem abismos.

O Papel de Todos Nós: Não Virar a Cara

Mas a responsabilidade, claro, não é só do STF ou do Congresso. A sociedade tem um papel crucial nisso. A gente precisa, sim, ficar de olho. Cobrar. Se incomodar. Porque autoritarismo não começa com um grande estrondo; começa com um sussurro, um desrespeito miúdo que vai se avolumando.

Zanin deixou claro que a defesa da democracia é um trabalho de formiguinha, diário. Exige vigilância constante e, acima de tudo, coragem para enfrentar narrativas que tentam normalizar o absurdo. É cansativo? É. Mas a alternativa é infinitamente pior.

O recado do ministro ecoa como um alerta necessário. Num momento em que o mundo todo vive uma onda de incertezas políticas, o Brasil não pode baixar a guarda. A democracia é frágil. E depende de todos nós para seguir de pé.