
O ministro da Justiça, Anderson Torres, mais conhecido como Garnier, negou veementemente qualquer ligação entre o desfile de veículos blindados em Brasília e a pressão pela aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso. A manifestação ocorreu nesta segunda-feira (10) e gerou polêmica nas redes sociais.
Segundo Garnier, o desfile fazia parte de um exercício de rotina das forças de segurança e não tinha qualquer objetivo político. "Não há nenhuma relação com a PEC do voto impresso. Isso é uma atividade normal de treinamento", afirmou o ministro em entrevista coletiva.
Contexto da polêmica
A PEC do voto impresso tem sido um tema bastante discutido no Congresso Nacional, com defensores e opositores travando embates acalorados. Alguns parlamentares alegam que a medida aumentaria a transparência nas eleições, enquanto outros argumentam que poderia facilitar fraudes.
O desfile dos blindados, no entanto, foi interpretado por parte da população e da mídia como uma forma de pressionar os congressistas a aprovarem a proposta. "É lamentável que tentem dar um significado político a uma atividade de rotina", lamentou Garnier.
Reações
Nas redes sociais, a hashtag #BlindadosNãoMudamVoto chegou aos trending topics do Twitter, com usuários divididos entre críticas e apoio ao governo. Enquanto alguns acusam o Ministério da Justiça de intimidação, outros defendem a necessidade de treinamentos constantes para as forças de segurança.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, também se manifestou sobre o assunto, afirmando que "o Congresso não se curva a pressões de qualquer natureza".