Era um dia comum em São Carlos até que a notícia chegou como um raio em céu azul: Leandro Guerreiro, ex-vereador da cidade, finalmente começou a cumprir sua pena. O motivo? Charges que ultrapassaram os limites do humor e caíram no terreno pantanoso da injúria e difamação.
Não foi uma decisão rápida — o caso arrastou-se pelos tribunais como um filme de tribunal americano, só que com menos drama e mais burocracia. Aos 45 anos, Guerreiro agora troca o conforto de casa pelas grades, após a Justiça considerar que suas ilustrações não eram apenas críticas políticas, mas ataques pessoais.
O caso que virou polêmica
Quem acompanha política em São Carlos sabe: as charges do ex-vereador sempre foram... digamos, ousadas. Mas em 2023, a linha entre sátira e ofensa foi cruzada — pelo menos é o que decidiu o juiz responsável pelo caso.
As vítimas? Dois empresários locais que se sentiram não apenas retratados, mas esfaqueados moralmente pelos desenhos. "Não era crítica, era vingança pessoal", alegaram os ofendidos durante o processo.
Reações divididas
Enquanto isso, nas redes sociais:
- "Liberdade de expressão está morta!" — gritam os apoiadores
- "Justiça finalmente feita" — comemoram os críticos
- "E eu que achava que política municipal era chata..." — brincam os desinteressados
O advogado de defesa tentou argumentar que eram "meras caricaturas políticas", mas a 3ª Vara Criminal não comprou a ideia. A pena? Dois anos e oito meses, inicialmente em regime semiaberto.
O que isso significa para São Carlos?
Para uma cidade acostumada com escândalos políticos que vão e vem como temporada de novela, esse caso deixou marcas mais profundas. Alguns veem um precedente perigoso para a liberdade artística; outros, um alerta necessário sobre os limites do humor.
Enquanto Guerreiro se adapta à nova rotina atrás das grades, São Carlos segue seu ritmo — mas com um debate que promete ecoar bem além das paredes do fórum. Afinal, onde termina a sátira e começa o crime? A resposta, ao que parece, está nos olhos de quem vê... e nos tribunais.
