
Era pra ser um desembarque rotineiro no Aeroporto Internacional de Confins, na Grande Belo Horizonte, mas o que se seguiu foi tudo menos comum. Na tarde de quarta-feira (24), um ex-secretário de Cultura de Minas Gerais — nome que até pouco tempo circulava nos corredores do poder — foi surpreendido por agentes da Polícia Federal durante uma revista de praxe.
O político, que prefere não ter seu nome estampado por enquanto (você sabe como é a mídia), acabara de chegar de um voo originário do Rio de Janeiro. Aparentemente tranquilo, nem desconfiava do que estava por vir. De repente, a situação degringolou completamente.
Acontece que, durante a vistura na bagagem de mão, os federais se depararam com algo inesperado: uma quantidade não especificada de maconha. Sim, maconha mesmo. A droga estava ali, às vistas de todos, sem qualquer disfarce mais elaborado. Dá pra acreditar?
Das secretarias estaduis para a delegacia
O ex-gestor, que já comandou pastas importantes no estado, viu sua imagem pública desmoronar em questão de minutos. Imediatamente conduzido para a delegacia da PF no aeroporto, ele agora responde por porte ilegal de entorpecentes. Um verdadeiro dejà vu dos piores tipos, considerando os casos similares que pipocam por aí.
Testemunhas do episódio — funcionários do aeroporto que preferiram manter o anonimato — contaram que o clima ficou pesado. "Ele tentou argumentar, mas a situação era flagrante", comentou um deles, ainda surpreso com o desfecho. Outro completou: "É sempre chocante quando envolve alguém que esteve em posição de destaque".
E as consequências?
Bom, o artigo 28 da Lei de Drogas não perdoa. Mesmo para figuras públicas. A menos que se prove que a substância era para consumo pessoal (e olhe lá), as penas podem variar de advertência a prestação de serviços comunitários. Mas, convenhamos, o maior estrago já está feito: o dano reputacional é imenso.
O governo de Minas Gerais, por sua vez, mantém um silêncio estratégico. Nenhum posicionamento oficial foi emitido até o momento. Será que vão se pronunciar? É uma incógnita. O que sabemos é que o caso promete dar o que falar nos próximos dias, especialmente nos círculos políticos mineiros.
Enquanto isso, o ex-secretário aguarda os desdobramentos legais. Uma queda brusca para quem já ocupou um cargo de tanto prestígio. A vida, como se vê, prega peças das mais inusitadas — e essa, com certeza, entrará para os anais dos escândalos políticos estaduis.