
Numa cena que parece saída de um filme de traição política, antigos devotos de Donald Trump estão literalmente colocando fogo nos icônicos bonés vermelhos da campanha "Make America Great Again". E não é por pouco motivo — o estopim foi mais um escândalo sexual envolvendo o ex-presidente, que parece perseguir sua figura como uma sombra teimosa.
"Parece que toda semana surge uma nova bomba", comenta um ex-voluntário da campanha de 2016, enquanto atira seu boné nas chamas. "A gente até aguenta certas coisas, mas tem limite." A fala, carregada daquela decepção que só quem acreditou profundamente conhece, ecoa entre o grupo que antes defendia Trump com unhas e dentes.
O estrago na base fiel
Os detalhes do caso ainda são nebulosos — como costuma acontecer nesses rolos —, mas o suficiente para fazer tremer até os apoiadores mais convictos. Nas redes sociais, vídeos de fogueiras improvisadas com os bonés se multiplicam, cada um mais simbólico que o outro.
E não pense que é só teatro. Alguns desses caras tinham coleções inteiras dos tais chapéus, alguns autografados pelo próprio Trump. "Guardava como relíquia", admite um comerciante do Texas, visivelmente contrariado. "Agora? Virou cinza."
Reação em cadeia
O movimento, que começou como um protesto isolado, ganhou corpo rápido — especialmente nos estados onde o republicano era praticamente venerado. Nas ruas, dá pra sentir a mudança de clima. Até os mais fanáticos estão repensando seu apoio, ainda que a contragosto.
"Não é fácil admitir que a gente errou", confessa uma senhora que pede para não ser identificada. Seus olhos vermelhos dizem mais que qualquer discurso. "Mas tem coisas que não dá pra ignorar."
Enquanto isso, os assessores de Trump correm contra o tempo para controlar os danos. Mas convenhamos: quando o fogo pega na própria base, nem o melhor time de crise dá conta. Resta saber quantas cinzas vão sobrar dessa história toda.