Não é de hoje que a família Bolsonaro gosta de uma briga pública — e dessa vez, o alvo foi ninguém menos que o apresentador Ratinho e o governador Tarcísio de Freitas. Eduardo Bolsonaro, o deputado federal que herdou do pai o gosto por declarações bombásticas, soltou mais uma série de farpas que deixaram o meio político em polvorosa.
"Tem gente que acha que política é programa de auditório", disparou Eduardo, numa clara alusão ao famoso apresentador. E não parou por aí. O tom escalou quando o assunto virou o governador paulista: "Quem esperava lealdade de quem muda de lado como muda de camisa?", ironizou, deixando claro que a relação entre os dois está longe de ser um mar de rosas.
O que está por trás dos ataques?
Política no Brasil nunca foi só sobre ideologia — tem muito ego, cálculo eleitoral e ressentimento no meio. Dizem por aí que a raiva de Eduardo com Ratinho vem de uma entrevista que não saiu como ele queria. Já com Tarcísio, a história é mais complexa: o governador, que já foi próximo da família, vem dando sinais de querer trilhar seu próprio caminho. E isso, claro, não caiu bem no clã Bolsonaro.
Numa das falas mais ácidas, o deputado chegou a questionar: "Será que alguns acham que o povo tem memória curta?" — uma provocação direta aos dois alvos de suas críticas. O problema é que, no calor do momento, ele parece esquecer que essa mesma pergunta pode ser feita sobre sua própria família.
Repercussão e consequências
Nas redes sociais, a briga dividiu opiniões. Enquanto alguns apoiadores do bolsonarismo comemoram a "franqueza" do deputado, outros acham que ele está queimando pontes importantes. "Tem hora que calar é ouro", comentou um perfil conservador no Twitter, em tom de conselho não solicitado.
Já no meio político, as reações foram mais contidas — mas não menos significativas. Aliados de Tarcísio preferiram não alimentar a polêmica publicamente, mas nos bastidores a irritação é palpável. "Isso só mostra quem está desesperado por relevância", murmurou um assessor do governo paulista, sob condição de anonimato.
Ratinho, por sua vez, até agora não deu o prazer de uma resposta direta. Mas conhecendo o estilo do apresentador, é questão de tempo até ele devolver a provocação — provavelmente com direito a piadinhas e um sorriso de canto de boca.
Uma coisa é certa: enquanto alguns políticos tentam construir pontes, Eduardo Bolsonaro parece preferir dinamitá-las. Resta saber se essa estratégia vai render votos — ou apenas manchetes efêmeras.
