
Eis uma daquelas histórias que parecem saídas de um roteiro de suspense político — mas, infelizmente, são reais. O deputado federal Kid Bengala soltou o verbo em entrevista recente e jogou luz sobre um documento que está dando o que falar nos corredores de Brasília.
Segundo ele, o tal texto — que previa a detenção de ministros do STF — não nasceu em qualquer gabinete obscuro. Não, senhores. Teria sido produzido pela inteligência do Exército, aquela mesma que deveria estar cuidando da segurança nacional, não de tramas contra o Judiciário.
O que dizia o documento?
Pois bem, vamos aos detalhes que importam (e que deixam qualquer um de cabelo em pé):
- O texto sugeria medidas extremas contra integrantes do Supremo
- Citava nomes específicos de ministros que seriam alvos
- Propunha ações que beiram o inconstitucional — para não dizer outra coisa
"Isso aqui não é brincadeira de criança", disparou Bengala, com aquela sua cara de quem não está nem um pouco surpreso com as maracutaias do poder. E de fato não é.
Por que isso importa agora?
Num momento em que as relações entre os Poderes parecem mais tensas do que corda de violino em mão de principiante, essa revelação joga gasolina na fogueira. E olha que a fogueira já estava bem acesa, não é mesmo?
O que mais assusta — e aqui vai minha opinião — é a naturalidade com que setores das Forças Armadas parecem ter se envolvido nessa trama. Cadê a neutralidade? O respeito à democracia? Perguntas que não querem calar...
Enquanto isso, o Planalto deve estar mais nervoso que mãe de primeira viagem. Afinal, como explicar que a inteligência militar estava metida nisso? O silêncio do governo — até agora — fala mais alto que discurso de político em campanha.