
O clima político na Bahia está pegando fogo, e não é pouco. O deputado federal Diego Castro, do PL baiano, soltou o verbo nesta segunda-feira (2) contra um projeto que, nas palavras dele, "quer amarrar as mãos da Polícia Militar". A crítica veio forte e feia.
Mas ele não parou por aí. Num movimento que pegou muita gente de surpresa, convocou um ato público em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro para esta terça-feira (3), bem no centro de Salvador. O horário? 16h, ponto em que o sol ainda castiga — mas a paixão política, parece, castiga mais.
O que está por trás da briga?
O projeto em questão, de autoria do deputado estadual Davidson Magalhães (PCdoB), quer modificar a estrutura de carreira dos praças da PM. Soa técnico, né? Pois é. Só que, na visão de Castro, a medida esconde um objetivo escuso: enfraquecer a corporação e, pasmem, "privilegiar uma casta de oficiais".
— Isso é inconstitucional! — disparou o parlamentar, sem papas na língua. — É um ataque direto aos nossos soldados, cabos, sargentos... Quem realmente está na rua.
Para ele, a proposta — que já passou pela Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) — é "claramente eleitoreira" e foi feita nas coxas, sem diálogo com a categoria. Algo, digamos, pouco republicano.
E o ato? Como vai ser?
O encontro pró-Bolsonaro está marcado para a Praça Dois de Julho, popularmente conhecida como Campo Grande. Um lugar cheio de história — e, agora, palco de mais um capítulo da polarização que domina o país.
Não é a primeira vez que Castro puxa um evento do tipo. Longe disso. O cara já mostrou que não tem medo de polêmica — ou de levantar a bandeira bolsonarista em terras baianas, mesmo com a esquerda no comando do estado.
O recado dele é claro: "Vamos mostrar que o povo da Bahia ainda apoia Bolsonaro e rejeita projetos que fragilizam a segurança". Resta saber quantos vão aparecer no calor da tarde de terça.
Enquanto isso, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) e a base aliada seguram a respiração. Será que a mobilização pega? Ou vai virar mais um capítulo na sequência de embates que, francamente, não parecem perto de acabar.
Uma coisa é certa: a política baiana nunca foi tão interessante — e imprevisível.