
O placar não está nada favorável para Jair Bolsonaro, e a defesa do ex-presidente decidiu jogar pesado no Supremo Tribunal Federal. A sustentação oral desta quinta-feira (4) foi, sem sombra de dúvidas, para poucos. Os advogados dele simplesmente soltaram a bomba: alegaram, com todas as letras, que áudios usados como prova no inquérito do suposto golpe de Estado podem ter sido manipulados. Sim, você leu certo.
Não deu outra. A alegação explodiu na sala do plenário virtual e gerou um rebuliço instantâneo entre os ministros. O relator do caso, Dias Toffoli, não perdeu tempo e foi direto ao ponto. Contou que a defesa meteu o pau na suposta inconsistência dos áudios — que, pasme, teriam trechos truncados, cortados e até edições suspeitas. Coisa de filme de espionagem, mas na vida real.
O problema é que o time de Bolsonaro não apresentou nenhum laudo técnico para embasar a acusação. Nada. Toffoli deixou claro que, sem provas concretas, fica difícil levaressa alegação a sério. A tática soou mais como um Hail Mary jurídico, uma jogada desesperada para tentar invalidar um dos pilares da acusação.
O que está em jogo no julgamento?
Bolsonaro responde por investigações relacionadas a uma suposta tentativa de golpe após as eleições de 2022. Os tais áudios são parte central da acusação — neles, o ex-presidente e aliados discutiriam medidas para se manter no poder. Agora, a defesa quer jogar dúvida sobre o material, mas esbarra na falta de provas técnicas.
O ministro Toffoli já adiantou que vai analisar com rigor — e ceticismo — o pedido da defesa. Ele mesmo destacou que, sem perícia, a alegação não se sustenta. E o pior: a estratégia pode até prejudicar a imagem do réu perante o plenário.
E agora, o que esperar?
O julgamento segue em andamento e promete mais capítulos. A defesa de Bolsonaro ainda deve apresentar outros argumentos, mas a manobra arriscada com os áudios já acendeu um alerta geral. Se vai colar? Difícil. O STF não costuma comprar brigas sem provas.
Enquanto isso, a tensão política só aumenta. Os apoiadores do ex-presidente acompanham cada movimento nas redes, e a oposição pressiona por uma condenação. O Brasil, mais uma vez, de olho no Supremo.