
Imagine a cena: uma noite qualquer em Cubatão, o silêncio quebrado por estampidos secos. Não, não foram fogos de artifício – eram disparos de arma de fogo, e o alvo era ninguém menos que o carro do vereador Gerson do Frigorífico. A política local, que já é um caldeirão fervendo, ganhou mais um capítulo digno de roteiro de cinema.
E o suposto autor? Ah, aí é que a trama engrossa de um jeito que até roteirista hesitaria em escrever. Segundo as investigações da Delegacia de Homicídios de Santos, o mandante por trás dos tiros seria… seu próprio cunhado. Sim, você leu direito. Laços familiares se tornaram linhas de conflito.
Os Detalhes que Parecem Ficção
A coisa toda aconteceu na noite de 15 de agosto, na Rua das Figueiras, no bairro Jardim Nova República. O veículo do vereador, um Fiat Mobi, foi atingido por múltiplos projéteis. Milagre? Sorte? Seja o que for, Gerson não estava no carro na hora. Um detalhe fortuito que, convenhamos, mudou completamente o desfecho dessa história.
A Polícia Civil, mergulhando a fundo no caso, chegou a um nome: Wellington José da Silva. O tal cunhado. Através de imagens de câmeras de segurança e quebra de sigilos, os investigadores traçaram uma linha que liga ele diretamente ao crime. A motivação? Bem, ainda é um ponto de interrogação e tanto. Desavenças pessoais? Questões políticas mal resolvidas? O inquérito segue tentando conectar os pontos.
A Reação do Vereador e o Clima na Cidade
Gerson, é claro, ficou abalado. E quem não ficaria? Ele relatou à polícia que já vinha sentindo um clima pesado, uma tensão que precede esse tipo de ação violenta. A defesa do parlamentar foi enfática: trata-se de um atentado contra a democracia, um ataque covarde que busca intimidar não só um homem, mas o cargo que ele ocupa.
Enquanto isso, em Cubatão, o burburinho é grande. Um misto de indignação e incredulidade toma conta dos moradores. Um crime desses, urdido dentro da própria família, mexe com a sensação de segurança de todo mundo. A população espera, e exige, que a justiça seja feita – e rápido.
Agora, o caso está nas mãos da Justiça. O delegado responsável deu prazo para a defesa de Wellington se manifestar, e o tal mandado de busca e apreensão ainda precisa ser cumprido. O desdobramento dessa trama, ninguém é capaz de prever. Uma coisa é certa: a cidade de Cubatão não vai esquecer tão cedo esse episódio sombrio onde a política e o sangue se encontraram de forma tão trágica.