
Pois é, a coisa tá mais enrolada do que fio de telefone depois da chuva. A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News — aquela que tá tentando desvendar os meandros das notícias falsas no país — esbarrou num problema inusitado: como ouvir um depoente que tá atrás das grades?
O alvo? Nada mais nada menos que o conhecido "Careca do INSS", preso em flagrante durante uma megaoperação da Polícia Federal na última terça-feira. A prisão dele aconteceu em São Paulo, mas o caso tem ramificações que parecem não ter fim.
E olha, a situação é no mínimo curiosa. A CPMI, que já vinha de olho no tal "Careca", agora precisa lidar com a burocracia penitenciária e a logística complicada de levar um preso para depor. Não é como marcar uma reunião de Zoom, né?
O que a Polícia Federal descobriu
A operação que prendeu o "Careca" não foi brincadeira. A PF apura um suposto esquema de fraudes em benefícios do INSS que, segundo as investigações, pode ter movimentado valores astronômicos. Estamos falando de um rombo que deixaria qualquer contribuinte de cabelo em pé — ironia não intencional, considerando o apelido do investigado.
As investigações sugerem que o grupo — porque sim, parece ser uma organização — atuava na "obtenção ilegal de benefícios previdenciários", como dizem os formalmente. Na prática? Eles supostamente burlavam o sistema para conceder aposentadorias e auxílios-doença de forma irregular.
Os desafios da CPMI
Agora a comissão parlamentar quer ouvir o preso, mas esbarra numa série de questões práticas. Como transportar um detento com segurança? Quem arca com os custos? E a segurança dos parlamentares e servidores?
Não é a primeira vez que a CPMI enfrenta esse tipo de obstáculo, mas cada caso é um caso — e esse em particular parece ter camadas extras de complexidade. Alguns parlamentares já sinalizaram que a oitiva pode ser essencial para desvendar partes importantes do quebra-cabeça das fake news no Brasil.
O que me faz pensar: será que estamos diante de apenas mais um capítulo da novela "Brasil: Política e Investigação", ou isso pode ser a peça que faltava para entendermos mecanismos mais amplos de desinformação?
E agora, José?
Enquanto a CPMI se desdobra para marcar a oitiva, o "Careca do INSS" permanece preso — e o caso segue sob sigilo judicial. A defesa do investigado, como era de se esperar, alega que não há provas concretas e que tudo não passa de um equívoco.
Mas a PF parece ter convicção do que encontrou. Fontes próximas à investigação comentam — sempre off the record, é claro — que as evidências são robustas e apontam para uma organização bem estruturada.
O tempo dirá como essa história vai se desenrolar. Enquanto isso, a CPMI das Fake News segue seu trabalho, tentando conectar os pontos entre operações da PF, esquemas de corrupção e a disseminação de notícias falsas no país.
Uma coisa é certa: o caso do "Careca do INSS" está longe de ser um mero detalhe. Ele pode ser, sim, a ponta de um iceberg que ninguém sabia que existia — ou pelo menos fingia não ver.