CPI em vista: Governistas pressionam por investigação sobre movimentação suspeita de dólares após anúncio de Trump
CPI para investigar operações com dólares após anúncio de Trump

O clima em Brasília está pegando fogo — e não é só por causa do calor do Planalto Central. Parlamentares governistas estão com os nervos à flor da pele e já começaram a articular a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). O alvo? Operações financeiras que, digamos, cheiram mal.

Segundo fontes que acompanham o movimento, tudo começou quando alguém percebeu uma coincidência no mínimo curiosa: no mesmo dia em que Donald Trump — sim, aquele mesmo — anunciou novas tarifas para produtos brasileiros, o mercado de câmbio registrou movimentações que fariam até o mais experiente corretor levantar a sobrancelha.

O que está em jogo?

Números que não batem, ordens de compra e venda em horários suspeitos, valores que fogem do padrão... Tem gente que parece ter tido uma "bola de cristal" financeira — ou informação privilegiada, como preferir chamar a Receita Federal.

"Não dá pra engolir essa história de coincidência", disparou um deputado que prefere não se identificar — mas que está entre os mais ativos na articulação da CPI. "Quando o dólar dá um salto desses, alguém sempre sai ganhando. E nós queremos saber quem."

Os detalhes que incomodam

  • Volume negociado cinco vezes acima da média histórica para o período
  • Operações concentradas em poucas corretoras — três delas respondem por 68% do movimento
  • Horário das ordens: a maioria foi colocada minutos antes do anúncio oficial

Não é de hoje que o mercado cambial brasileiro vive sob suspeita. Mas dessa vez, a coincidência temporal com medidas que impactariam diretamente a economia nacional acendeu o sinal vermelho no Congresso.

"Ou foi o maior golpe de sorte da história financeira, ou tem maracutaia no meio", resmungou um assessor parlamentar enquanto tomava seu café expresso — já no terceiro do dia.

E agora?

A bola está rolando, mas ainda tem muito jogo pela frente. Para a CPI sair do papel, é preciso reunir assinaturas e convencer até mesmo alguns céticos. "Tem gente que acha que estamos vendo fantasma onde não tem", admite uma fonte do governo.

Enquanto isso, nas mesas de operação das corretoras, o clima é de "business as usual" — pelo menos na superfície. Mas quem conhece o mercado sabe: quando CPI aparece no horizonte, até os mais corajosos começam a suar frio.

Uma coisa é certa: se essa investigação avançar, preparem-se para revelações que podem abalar não só o mercado financeiro, mas também o cenário político nacional. Afinal, em Brasília, quando o assunto é dinheiro — especialmente dólar —, sempre tem história por trás da história.