
Eis que a poeira ainda não baixou — e agora a correição da Câmara resolveu entrar no páreo com um pedido que vai dar o que falar. Ricardo Costa, o corregedor, meteu uma solicitação no Supremo Tribunal Federal pedindo a suspensão imediata de três deputados federais. A justificativa? Participação ativa nos ataques de 8 de janeiro, aquele dia que ninguém esquece.
Não é brincadeira não. Os nomes ainda não foram oficialmente divulgados, mas tudo indica que são figuras que já vinham sendo investigadas há tempos. O corregedor alega que a continuidade dos mandatos pode, veja só, atrapalhar as investigações ou até mesmo levar à destruição de provas. Conveniente, não?
— A medida é extrema, mas necessária — justificou Costa, num tom que misturava seriedade e urgência. — Não podemos fechar os olos para o que aconteceu.
O que diz o pedido?
No documento enviado ao ministro Alexandre de Moraes, Costa argumenta que a suspensão dos parlamentares é fundamental para “garantir a normalidade das investigações” e evitar que influenciem testemunhas ou, pior, cometam novos crimes. Afinal, estamos falando de gente com poder e alcance, né?
E não para por aí. O corregedor também destacou que a conduta dos deputados — caso confirmada — fere gravemente o decoro parlamentar. Algo como: você não pode tentar derrubar instituições e depois voltar tranquilamente pra sua cadeira no plenário. Faz sentido, mas no Brasil nada é tão simples.
E agora, José?
O STF ainda não se manifestou, mas a expectativa é que Moraes dê andamento rápido ao processo. Afinal, não é a primeira vez que o Supremo trava batalhas judiciais envolvendo os eventos daquele dia catastrófico.
Enquanto isso, os três deputados seguem em exercício — mas com a espada da suspensão pendurada sobre as cabeças. Se o pedido for aceito, eles serão afastados temporariamente, sem direito a salário, e só voltam quando (e se) forem inocentados.
Pois é. O Brasil segue navegando em águas turbulentas — e o Congresso, que devia ser casa de diálogo, virou palco de mais um capítulo dessa novela cheia de reviravoltas. Fica a pergunta: quem serão os próximos?