
O clima na Câmara dos Deputados está pesado, e não é só por causa do calor brasiliense. O corregedor da Casa, Mauro Benevides, soltou um relatório que fez tremer o plenário — e não foi pouco.
Três deputados agora enfrentam a possibilidade real de suspensão dos mandatos. A acusação? Participação ativa nos lamentáveis eventos de 8 de janeiro, quando a sede do Congresso foi invadida por vândalos.
Quem são os alvos? Carlos Jordy (PL-RJ), Cabo Gilberto (PL-PB) e Silvia Waiãpi (PL-RR). Os três teriam, segundo a Corregedoria, não apenas apoiado como incentivado os atos de destruição que chocaram o país.
O relatório que balançou o Congresso
Benevides não usou meias-palavras. Seu parecer de 47 páginas é um verdadeiro terremoto político. Ele recomenda à Mesa Diretora que suspenda imediatamente os três parlamentares — e ainda sugere que o caso seja enviado ao Conselho de Ética.
«Não se pode admitir que parlamentares, que juraram defender a Constituição, ajam como agentes de sua destruição», diz trecho do documento. Forte, não?
As acusações específicas
Cada um dos deputados teria atuado de forma diferente, mas sempre no mesmo sentido golpista:
- Carlos Jordy: Acusado de incitar manifestantes pelas redes sociais e estar presente no local durante os ataques
- Cabo Gilberto: Suspeito de guiar grupos pelos corredores do Congresso
- Silvia Waiãpi: Teria filmado e transmitido os ataques em tempo real
Parece roteiro de filme, mas foi realidade. Uma realidade assustadora.
E agora? O que pode acontecer
A bola está com Arthur Lira, presidente da Câmara. Ele precisa colocar o assunto em votação — e aí sim, vamos ver quem realmente defende a democracia.
Se a suspensão for aprovada, os três ficarão 120 dias longe das funções parlamentares. Tempo suficiente para reflexão? Difícil dizer.
O caso também segue para o STF, porque é claro que ia sobrar para a Suprema Corte. Afinal, nada no Brasil é simples quando política e lei se encontram.
Enquanto isso, o plenário vive dias de tensão. Os aliados dos acusados já falam em «perseguição política», enquanto o campo democrático pressiona por punições exemplares.
Uma coisa é certa: o Brasil está de olho. E o Congresso nunca mais será o mesmo depois daquele dia.