Condomínio em Barra da Tijuca veta debates após polêmica da prisão de Bolsonaro — confira os detalhes
Condomínio veta debates sobre prisão de Bolsonaro

Não é brincadeira. A tal da polarização política no Brasil chegou a um ponto que agora invade até o sossego dos prédios de alto padrão. Sabe aquele papo de elevador que era sobre o tempo ou a reclamação de sempre sobre o barulho da festa do apartamento de cima? Pois é, esquece.

Num condomínio chique da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro foi o estopim de uma verdadeira guerra silenciosa — ou nem tão silenciosa assim — entre moradores. A coisa ficou feia, gente. Tão feia que a administração do prédio, vendo o clima pesado e o potencial para brigas sem fim, resolveu botar uma pedra em cima do assunto. Sim, oficialmente.

Proibido debater política nas áreas comuns. A ordem saiu por um comunicado interno, um daqueles que a gente lê no mural perto dos elevadores ou recebe pelo grupo de WhatsApp — que, convenhamos, também deve ter fervilhado. A justificativa? Preservar a harmonia e a boa convivência entre todos. Afinal, ninguém quer virar notícia por uma discussão acalorada no hall de entrada, não é mesmo?

E olha, a medida não é à toa. Segundo relatos, o assunto esquentou de verdade depois que a notícia da prisão do ex-presidente começou a circular. De um lado, os defensores ferrenhos; do outro, os críticos severos. E no meio? Os síndicos e administradores, tentando apagar o incêndio antes que vire um caos generalizado.

O que motivou a decisão do condomínio?

Não foi uma decisão tomada de supetão. A administração condominial percebeu que as discussões estavam saindo do controle — e do bom senso. Em vez de debates civilizados, o que se via eram argumentos acalorados, trocas de farpas e, em alguns casos, até desrespeito. A situação tornou-se insustentável.

Daí veio a regra: proibido discutir política nas áreas comuns do prédio. Simples assim. A medida, claro, divide opiniões até entre os próprios moradores. Uns acham um absurdo, uma censura disfarçada. Outros comemoram a paz finalmente restaurada — ou, pelo menos, tentada.

E aí, será que a solução é mesmo calar o debate? Ou será apenas um remendo temporário num problema muito maior? Difícil dizer. Mas uma coisa é certa: o episódio mostra como a política brasileira ainda é um campo minado, capaz de dividir até mesmo quem mora debaixo do mesmo teto.

Resta saber se outros condomínios pelo país vão seguir o mesmo caminho. Por enquanto, na Barra da Tijuca, a ordem é clara: na hora do cafezinho ou na piscina, assunto proibido é a prisão de Bolsonaro. Melhor falar do tempo mesmo.