
Eis que o Brasil acorda mais uma vez com aquela sensação de déjà vu: mais um escândalo político, mais uma investigação da Polícia Federal e mais um ex-ministro negando tudo com unhas e dentes. Dessa vez, o alvo é Ciro Nogueira, ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro, que está no centro de uma tempestade perfeita envolvendo supostas propinas e até a facção criminosa PCC.
Nogueira — sabe como é — já veio a público com aquela postura firme de quem não tem nada a esconder. "Não recebi propina de ninguém, muito menos do PCC", disparou, com aquela cara de poucos amigos que conhecemos bem. A afirmação veio após a PF realizar uma operação que investiga um suposto esquema de corrupção no setor de combustíveis.
Operação da PF mira suposto esquema milionário
A coisa é séria, gente. A Polícia Federal está investigando um suposto acordo entre empresários do setor de combustíveis e — pasmem — integrantes do Primeiro Comando da Capital. Segundo as investigações, haveria um esquema de pagamento de propinas para garantir contratos e vantagens no setor.
E adivinhem quem estaria no meio disso? Pois é. A PF apura se Ciro Nogueira teria atuado como intermediário nesse negociata toda. Mas calma lá — até agora, são apenas investigações. Nada foi provado, e o ex-ministro nega com veemência qualquer participação.
As contradições do caso
O que me deixa com pulgas atrás da orelha são os detalhes que vazaram. Segundo a investigação, as conversas interceptadas pela PF mostrariam supostas menções a Nogueira. Mas o próprio ex-ministro jura de pés juntos que nunca conversou com nenhum integrante do PCC sobre combustíveis ou qualquer outra coisa.
"Isso é uma fantasia", ele diz, com aquela paciência que já está no limite. "Não tenho relação nenhuma com essas pessoas e muito menos participei de qualquer esquema ilícito."
O problema é que, no Brasil de hoje, a gente já viu esse filme antes. Quantas vezes um político negou tudo, apenas para depois confessar ou ser condenado? A memória é curta, mas a desconfiança é longa.
Repercussão política inevitável
Obviamente, a oposição já está com os dentes afiados. É como jogar carne fresca para leões famintos. Os adversários políticos de Nogueira — e de Bolsonaro — já começaram a pressionar por respostas mais concretas.
Do outro lado, os aliados saíram em defesa do ex-ministro, classificando as acusações como "perseguição política" e "teatro midiático". Sabe aquela lenga-lenga de sempre? Pois é.
O que me preocupa — e deveria preocupar todo mundo — é como essas investigações sempre parecem terminar em pizza. Será que dessa vez será diferente? Ou vamos ficar apenas com mais um capítulo na longa novela da corrupção brasileira?
Enquanto isso, o cidadão comum continua pagando a conta — literalmente. Enquanto investigam esquemas de combustíveis, nós pagamos uma das gasolinas mais caras do mundo. Ironia? Coincidência? Você decide.