O ex-presidente Jair Bolsonaro está, mais uma vez, no centro de uma tempestade jurídica. E desta vez, o risco de uma prisão preventiva parece mais tangível do que nunca. Mas por quê? As medidas restritivas impostas pela Justiça podem ser o gatilho que faltava.
O que mudou?
Nos últimos dias, juízes têm apertado o cerco contra Bolsonaro. Restrições a viagens, bloqueios de bens e até mesmo a proibição de contato com certas pessoas estão na mesa. Parece que o tribunal está montando um quebra-cabeça — e as peças estão se encaixando de forma preocupante para o ex-mandatário.
Não é segredo que Bolsonaro enfrenta uma série de investigações. Desde supostas irregularidades eleitorais até acusações de desvios de verba pública. Mas agora, a Justiça parece estar dizendo: "Chega de delongas".
O risco real
Especialistas em direito penal ouvidos pela reportagem são claros: medidas restritivas são, muitas vezes, o prenúncio de algo maior. "Quando um juiz impõe esse tipo de limitação, está basicamente dizendo que enxerga risco de fuga ou de obstrução da Justiça", explica um deles, que prefere não se identificar.
E aí é que mora o perigo. Se Bolsonaro descumprir qualquer uma dessas regras — mesmo que sem querer —, pode acabar atrás das grades num piscar de olhos. A prisão preventiva viraria, então, uma medida quase automática.
O que diz a defesa?
Os advogados do ex-presidente, como era de se esperar, negam qualquer irregularidade. "São medidas desproporcionais e sem fundamento", afirmam. Mas será que essa narrativa ainda cola? A opinião pública parece cada vez menos convencida.
Enquanto isso, nas redes sociais, a polarização segue firme. De um lado, os apoiadores falam em "perseguição política". Do outro, os críticos comemoram: "Finalmente a Justiça está agindo".
E agora?
O fato é que Bolsonaro está numa sinuca de bico. Se errar o passo, pode acabar como outros políticos que trocaram o palácio pelo xadrez. Resta saber se ele conseguirá navegar essas águas turbulentas — ou se, como tantos antes dele, vai acabar naufragando.
Uma coisa é certa: os próximos capítulos dessa novela prometem ser... digamos, interessantes. E o Brasil todo estará de olho.
