Bolsonaro deixa prisão domiciliar para baterias de exames de saúde em Curitiba
Bolsonaro deixa prisão para exames médicos em Curitiba

Nesta manhã de sábado, o cenário político brasileiro ganhou mais um capítulo digno de roteiro cinematográfico. Jair Bolsonaro, que estava sob regime de prisão domiciliar há exatos 47 dias — sim, alguém estava contando — deixou temporariamente sua residência para realizar uma série de exames médicos.

A autorização partiu do gabinete do juiz federal Airton Portela, da 12ª Vara Federal de Curitiba. Um daqueles despachos judiciais que misturam formalidades jurídicas com um quê de suspense político. O magistrado, conhecido por seu pulso firme, liberou o ex-presidente para cumprir compromissos médicos entre 8h e 17h deste sábado.

O que realmente aconteceu? Por volta das 9h30, Bolsonaro adentrou o Hospital da Polícia Militar do Paraná, local que vem se tornando quase uma segunda casa para ele nos últimos tempos. Testemunhas oculares — sempre elas — relataram que ele chegou acompanhado de assessores e seguranças, visivelmente sério mas cumprimentando algumas pessoas reconhecíveis no caminho.

Os detalhes que poucos viram

O esquema de segurança foi, como era de se esperar, robusto. Viaturas da Polícia Federal estacionadas estrategicamente, agentes de escolta com comunicação constante via rádio — aquele clima tenso que precede sempre esses eventos de alta visibilidade. Curitiba, acostumada com seu clima tranquilo, viveu mais uma manhã de agitação incomum.

E os exames? Bem, fontes próximas ao caso — que preferiram não se identificar, obviamente — mencionaram check-ups cardiológicos e neurológicos. Rotina para alguém que passou por um atentado a faca em 2018, mas que ganha contornos dramáticos dado o contexto atual.

O que dizem as partes envolvidas

Do lado da defesa, o tom é de preocupação genuína com a saúde do cliente. "Direito constitucional à saúde", "protocolos médicos necessários" — as frases de sempre, mas com uma urgência diferente. Já entre os críticos do ex-presidente, suspiros de frustração. Muitos questionam se não haveria alternativas menos midiáticas para tais procedimentos.

O fato é que, por algumas horas, Bolsonaro trocou as quatro paredes de sua prisão domiciliar pelos corredores hospitalares. Uma mudança de cenário temporária, mas que alimentou especulações sobre seu estado de saúde real — e, claro, sobre possíveis desdobramentos políticos.

Às 16h45, conforme determinado pela Justiça, ele retornou ao seu endereço oficial de prisão domiciliar. O portão se fechou, os seguranças relaxaram posturas, e Curitiba voltou à sua rotina normal. Mas a pergunta que ficou no ar: quantos outros capítulos como este ainda veremos?

Enquanto isso, nas redes sociais, o assunto dominou os trending topics. A polarização, como sempre, mostrava suas garras. De um lado, preocupação genuína com a saúde de um ex-chefe de Estado. Do outro, acusações de que tudo não passaria de teatro para ganhar simpatia popular.

A verdade? Sabe-se lá. No Brasil de hoje, até exames de saúde parecem ter gosto de politicagem.