
Numa declaração que deixou muita gente de queixo caído, o ex-presidente Jair Bolsonaro soltou o verbo sobre a recente apreensão de US$ 14 mil na sua casa pela Polícia Federal. "Sempre guardei dólar em casa", disparou ele, como se fosse a coisa mais normal do mundo — e pra ele, aparentemente, é.
O caso, que já vinha dando o que falar, ganhou ainda mais lenha pra queimar depois dessa confissão. A PF, que tava fazendo buscas relacionadas a outro assunto, acabou esbarrando numa quantia que, convenhamos, não é exatamente troco de pinga.
O hábito de guardar "verdinho" em casa
Bolsonaro, que nunca foi de fugir de polêmica, explicou o raciocínio por trás do hábito: "É uma reserva pessoal, algo que sempre fiz". Pra quem tá acostumado com a volatilidade do real, dá pra entender a lógica — mas será que justifica?
Especialistas em economia já começaram a coçar a cabeça. "Guardar dólar em casa não é exatamente ilegal", explica um analista financeiro, "mas quando falamos de figuras públicas, especialmente ex-presidentes, a história muda de figura".
O que diz a lei?
A legislação brasileira permite que cidadãos tenham até US$ 10 mil em espécie sem declarar. Passou disso? Tem que explicar de onde veio. No caso do ex-presidente, a quantia ultrapassa o limite — e agora?
- Valor apreendido: US$ 14 mil (cerca de R$ 75 mil)
- Limite sem declaração: US$ 10 mil
- Contexto: Busca relacionada a investigação sobre falsificação de vacinas
O timing, convenhamos, não poderia ser pior. Enquanto a PF vasculhava documentos sobre o caso das vacinas, eis que aparece uma grana em dólar que não tava no script. Coincidência? O ex-presidente garante que sim.
"Isso não tem nada a ver com as investigações", afirmou Bolsonaro, com aquela cara de quem já tá acostumado a tempestades políticas. Mas será que os investigadores vão engolir essa explicação?
As reações não demoraram
Nas redes sociais, a galera já começou a fazer piada. "Guardar dólar em casa é o novo porquinho-mealheiro", brincou um usuário. Outros foram menos benevolentes: "Quando é pobre com R$ 200 a mais na conta já vira caso de polícia".
Enquanto isso, os apoiadores do ex-presidente saíram em defesa: "Todo mundo tem direito a uma reserva pessoal". O problema é que, no Brasil de hoje, qualquer movimento financeiro de figura pública vira caso de polícia — literalmente.
O que vai acontecer agora? Difícil dizer. A PF ainda não se pronunciou oficialmente sobre o destino da grana apreendida. Uma coisa é certa: essa história ainda vai dar muito pano pra manga.