
Numa daquelas falas que deixam até o ar mais pesado, Jair Bolsonaro soltou o verbo sobre um assunto que, pra ele, é mais que pessoal — é quase uma questão de honra. O ex-presidente não economizou nas palavras ao falar da tornozeleira eletrônica, equipamento que agora faz parte do seu cotidiano.
"Isso aqui é o cúmulo do absurdo", disparou, com aquela cara de quem engoliu um limão azedo. "Símbolo de humilhação máxima, como se eu fosse algum bandido perigoso." E não para por aí. O tom foi subindo enquanto ele criticava o que chamou de "perseguição política disfarçada de Justiça".
O pano de fundo da polêmica
Pra quem tá por fora do rolo, a história começou quando a Justiça decidiu que o ex-mandatário deveria usar o dispositivo — medida normalmente aplicada em casos onde há risco de fuga ou obstrução da investigação. Só que, no vocabulário bolsonarista, isso virou "enfeite de prisão domiciliar sem motivo".
Numa mistura de indignação e sarcasmo, ele questionou: "Cadê o crime que eu cometi? Porque até agora só vejo acusações baseadas em achismos." O problema é que os juízes envolvidos no caso parecem ter uma opinião bem diferente sobre o assunto.
Repercussão e divisão de opiniões
Enquanto isso, nas redes sociais, o assunto virou um verdadeiro campo minado:
- Apoiadores falam em "perseguição política descarada"
- Críticos rebatem que "finalmente a lei está pegando"
- Juristas discutem os limites da medida cautelar
E tem aquela turma do "só observando", que fica na plateia acompanhando o espetáculo com pipoca. Afinal, quando o assunto é Bolsonaro, neutralidade parece artigo raro.
O que mais chama atenção é o tom quase pessoal da crítica. Não é só sobre um dispositivo eletrônico — é sobre o que ele representa. "Querem me diminuir, me colocar no mesmo nível de criminosos", disparou, com aquela voz que oscila entre o indignado e o ofendido.
E agora, o que esperar?
Com Bolsonaro, uma coisa é certa: silêncio nunca foi seu forte. Enquanto a tornozeleira permanecer no pé, é bem provável que o assunto continue rendendo — e muito. Resta saber até onde vai essa guerra de narrativas entre o ex-presidente e o Judiciário.
Uma coisa é certa: no tabuleiro da política brasileira, essa jogada vai deixar marcas. E não só no tornozelo do protagonista dessa história.