Ex-GSI de Bolsonaro, Augusto Heleno se recusa a depor e só responderá perguntas da defesa
Augusto Heleno só responderá perguntas da defesa

O general da reserva Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante o governo de Jair Bolsonaro, declarou que só responderá perguntas da defesa durante seu depoimento. A decisão foi anunciada nesta segunda-feira (10) e já gera repercussão nos meios políticos e jurídicos.

Segundo fontes próximas ao caso, Heleno está sendo questionado sobre supostas irregularidades durante sua gestão no GSI. No entanto, o ex-militar adotou uma postura firme e decidiu limitar suas respostas apenas às indagações apresentadas por sua equipe de defesa.

Contexto do caso

Augusto Heleno foi uma figura central no governo Bolsonaro, ocupando cargos de grande relevância. Sua atuação no GSI, órgão responsável pela segurança do presidente e da família presidencial, sempre foi alvo de debates e controvérsias.

Especialistas em direito afirmam que a estratégia de Heleno pode ser um movimento para evitar possíveis contradições ou armadilhas durante o interrogatório. "É um direito do depoente se resguardar e responder apenas ao que considera pertinente", explicou um advogado criminalista ouvido pela reportagem.

Repercussão política

A decisão de Heleno já ecoa nos corredores do poder. Aliados do ex-presidente Bolsonaro veem a medida como uma forma de proteger não apenas o general, mas também o próprio ex-mandatário. Por outro lado, críticos afirmam que a postura pode indicar receio de revelar informações sensíveis.

O caso promete aquecer ainda mais o debate sobre a transparência e a responsabilidade de figuras públicas no Brasil. Enquanto isso, a defesa de Heleno se mantém firme na estratégia de limitar as respostas do cliente.