
O cenário político do Acre viveu um verdadeiro terremoto nesta quarta-feira. E não foi nada bonito. A Justiça Eleitoral simplesmente desmontou um esquema que tentava burlar as regras democráticas de forma descarada.
Cinco vereadores de Senador Guiomard — imagine só — tiveram seus mandatos cassados. Sumiram do mapa político. E o prefeito, Valdenir José de Almeida, conhecido como Nira, agora carrega uma pecha pesada: inelegível por oito longos anos.
O X da Questão: Quando a Lei Vira Letra Morta
Tudo gira em torno da famigerada cota de gênero. A lei é clara: pelo menos 30% das candidaturas precisam ser femininas. Mas alguns, parece, acham que regras são meras sugestões.
O Ministério Público Eleitoral (MPE) escancarou a farsa. As candidatas mulheres eram… como dizer… fantasmas. Laranjas. Inseridas apenas para cumprir tabela, sem campanha, sem votos, sem nada. Uma manobra clássica de quem quer manter o clube do bolinha intacto.
As Consequências Chegam com Força Total
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AC) foi implacável. Além da cassação dos cinco edis — Airton Félix, Carlinhos da Saúde, Chagas Bandeira, Junior do Açaí e Misael Farias —, aplicou multas pesadíssimas. O prefeito Nira, que já estava no radar por suposto abuso de poder, agora enfrenta o desgaste total.
E tem mais: os suplentes que assumirão os cargos precisam comprovar que não tinham envolvimento nessa teia de irregularidades. A Justiça não quer mais saber de meias-palavras.
Um Recado que Ecoa Além do Acre
Esse caso não é apenas mais um na fila dos escândalos políticos. Ele serve de alerta para todo o país. A fraude às cotas de gênero, infelizmente, ainda é prática comum em muitos rincões brasileiros.
O que aconteceu em Senador Guiomard mostra que a Justiça Eleitoral está de olho. E que tentar fraudar o sistema pode sair caro — muito caro. Para os vereadores, o preço foi a cadeira. Para o prefeito, oito anos no banco dos réus da vida política.
Resta saber se outros municípios vão aprender a lição. Ou se vão insistir em achar que a lei é para os outros.