
Não foi uma cena comum no trem lotado da Linha 11-Coral. Enquanto passageiros tentavam equilibrar-se entre empurrões e sacolas, a situação esquentou perto das portas automáticas. Dois agentes de segurança da CPTM - aqueles de uniforme azul-marinho que a gente vê todo dia - abordaram um vendedor de doces que, segundo testemunhas, não teria obedecido às primeiras solicitações para deixar o vagão.
E foi aí que a coisa pegou. Um dos seguranças, aparentemente treinado em artes marciais, aplicou uma técnica de imobilização conhecida como "mata-leão". Você já viu aquelas cenas de filme de ação? Pois é, só que na vida real. O ambulante, segundo relatos, ficou alguns segundos sem conseguir se mexer até que a situação foi controlada.
Reações divididas
Enquanto isso, os passageiros - aqueles que não estavam grudados nos celulares - dividiram-se entre:
- Os que achavam a ação desproporcional ("Era só um cara vendendo bala!")
- Os que apoiavam a medida ("Tem que respeitar as regras!")
- E os que, francamente, só queriam chegar em casa
Um senhor de chapéu, que preferiu não se identificar, resumiu a situação com um "Já vi coisa pior, mas também já vi bem melhor". Filosofia pura no trem das 18h.
O outro lado da moeda
A CPTM, quando questionada, afirmou que os procedimentos seguiram os protocolos de segurança. "Nossos agentes são treinados para conter situações de risco sem uso excessivo de força", disse um porta-voz, antes de lembrar que o comércio informal nos trens é proibido por razões de segurança e higiene.
Mas e o vendedor? Bom, ele foi conduzido para fora do trem na estação seguinte, sem ferimentos graves - apenas o orgulho um pouco machucado, segundo quem viu de perto. Não houve registro de ocorrência policial, apenas aquela conversa firme que todo mundo já conhece.
Enquanto isso, nas redes sociais, o caso já rende memes e discussões intermináveis sobre até onde vai o direito de trabalhar versus as regras do transporte público. Mas isso é outra história...