Era pra ser mais um caso de violência contra a comunidade LGBTQIA+, mas o que veio à tona foi ainda mais chocante. Um PM — sim, justo quem deveria proteger — está no centro das investigações de um crime que deixou São José do Rio Preto em estado de choque.
A vítima? Uma estudante trans de 22 anos, cheia de sonhos e planos interrompidos pela brutalidade. O suspeito? Um policial militar que, pasmem, bancava o 'namorado' dela enquanto — segundo a delegada responsável pelo caso — agia como um verdadeiro sanguessuga.
O jogo do gato e rato
"Esse indivíduo é a definição de oportunista", disparou a delegada Maria Fernanda (nome fictício para preservar a investigação). "Ele se aproximou da vítima fingindo ser o que não era, e quando ela começou a desconfiar... bem, as coisas tomaram um rumo trágico."
Detalhes macabros:
- O PM acessava regularmente a conta bancária da jovem
- Foi visto discutindo com ela horas antes do crime
- As testemunhas falam em ameaças veladas
E o pior? Isso tudo acontecia às vistas de todos. "Ele achou que o uniforme dava imunidade", comenta um vizinho que preferiu não se identificar. "Mas esqueceram de avisar que justiça — quando funciona — é cega pra farda."
Um retrato do Brasil que dói
Enquanto isso, na delegacia, a atmosfera é de revolta contida. "Já vi muita coisa nesses 15 anos de carreira", suspira um escrivão, "mas quando quem deveria proteger vira predador, é pra perder a fé."
O caso escancara o que muitos preferem ignorar: a violência contra pessoas trans no Brasil não dá trégua. Só neste ano, foram mais de 180 mortes — e contando. E quando o agressor veste farda? Aí a ferida fica ainda mais exposta.
Agora o que resta é esperar — esperar que a justiça faça seu trabalho, esperar que a família encontre algum conforto, esperar que casos como esse deixem de ser rotina. Mas, entre um suspiro e outro, fica a pergunta: até quando?
