Numa ação que misturou planejamento meticuloso e um tanto de sorte — como costuma acontecer nessas operações —, a Polícia Civil de São Paulo botou fim nas atividades de um grupo que vinha aterrorizando condomínios residenciais. Doze homens, entre 20 e 35 anos, acabaram algemados. Dois adolescentes, de 16 e 17 anos, também foram pegos no flagra.
O modus operandi? Ah, sempre o mesmo: aproveitavam a correria do dia a dia para entrar nos prédios como se fossem moradores ou prestadores de serviço. Às vezes, nem precisavam escalar muros — a falta de cuidado com portões e interfones fazia o trabalho por eles.
Como a quadrilha agia
Segundo delegados envolvidos na operação, o bando agia de forma quase profissional:
- Observavam os prédios dias antes, anotando rotinas de porteiros e moradores
- Usavam roupas comuns para não chamar atenção — nada daqueles uniformes de bandido de cinema
- Focavam em apartamentos com sinais de que os moradores estavam viajando (correio acumulado, luzes apagadas)
"Eles eram metódicos, mas cometeram um erro crucial", revelou um investigador que preferiu não se identificar. "Voltaram a um mesmo condomínio três vezes — e aí a sorte virou contra eles."
O desfecho
A prisão aconteceu na Zona Leste da capital, depois de semanas de monitoramento. Na casa usada como base, a polícia encontrou:
- Eletrônicos roubados (celulares, notebooks)
- Ferramentas usadas para arrombamentos
- Anotações detalhadas sobre possíveis alvos
Os adultos foram levados para o CDP, enquanto os menores — que, diga-se de passagem, já tinham passagem pela Fundação CASA — seguiram o protocolo habitual para casos do tipo.
Moradores da região, aliás, comemoraram a ação. "Finalmente respiraram aliviados", contou uma síndica que preferiu não se identificar — afinal, ninguém quer ser o próximo alvo, não é mesmo?
