Era pra ser mais um dia comum no asfalto quente de Inhaúma, mas o que se seguiu foi pura adrenalina — daquela que até os mais experientes policiais sentem na nuca. Dois indivíduos, que imaginavam passar despercebidos, viraram o alvo principal de uma operação que começou discreta e terminou em um verdadeiro cinema.
Tudo começou quando uma viatura deu o bote. Os suspeitos, claramente não interessados em conversa, responderam com rajadas de tiros. A reação? Imediata. Os policiais, que não estavam para brincadeira, revidaram e iniciaram uma perseguição que cortou várias ruas do bairro. Carros na contramão, pedestres se escondendo — o caos momentâneo que ninguém espera numa terça-feira.
Numa tentativa desesperada, os bandidos abandonaram o veículo e tentaram fugir a pé. Má ideia. Rapidamente foram cercados e rendidos — sem chance de escapar. Na revista, veio o troféu da operação: uma pistola ponto 40, municiada e pronta para o que desse e viesse, além de uma porção não insignificante de drogas, provavelmente destinadas a alimentar o comércio ilegal que assombra a região.
O mais impressionante? Ninguém se feriu. Nem os policiais, que mostraram um preparo impecável, nem os civis — que, assustados, saíram ilesos de mais um capítulo violento da rotina carioca. Os dois presos foram levados para a delegacia, onde a história deles — cheia de capítulos errados — ganhou mais um parágrafo vergonhoso.
É nessas horas que a gente se pergunta: até quando? Mas também é quando a gente lembra que tem gente boa na linha de frente, arriscando a pele para que o resto de nós possa dormir um pouco mais tranquilo. Hoje, pelo menos em Inhaúma, a vitória foi da lei.
