
Imagina a cena: uma perseguição que mais parecia saída de um filme de ação, mas aconteceu de verdade nas estradas do norte pioneiro paranaense. Tudo começou na noite de domingo, por volta das 22h, quando a polícia recebeu uma denúncia anônima sobre um veículo suspeito – um Fiat Palio prata – circulando pela região de Ribeirão do Pinhal.
Os militares localizaram o carro na PR-466, mas quando tentaram uma abordagem de rotina... Bem, aí a coisa descambou para o caos. Os ocupantes simplesmente ignoraram a ordem para parar e aceleraram, dando início a uma perseguição que se estenderia por impressionantes 20 quilômetros.
Tiros e Fuga Desesperada
Eis que, em determinado momento da fuga, os ocupantes do Palio resolveram aumentar o nível do perigo. De dentro do veículo, partiram disparos contra a viatura policial. A sorte – se é que podemos chamar assim – é que os policiais não foram atingidos.
Mas aí veio uma reviravolta digna de roteiro: durante a correria alucinada, um dos pneus do carro dos suspeitos estourou. Só que isso não os fez parar. Não mesmo! Eles continuaram na fuga, arrastando o carro com o pneu destruído por mais de sete quilômetros, até chegarem a uma propriedade rural no interior de Jundiaí do Sul.
Apreensões e Prisões
No local da rendição final, a polícia encontrou dentro do veículo uma espingarda calibre 28, que tinha sido modificada – o cano havia sido serrado, o que a torna ainda mais perigosa. Dois homens, com idades de 22 e 29 anos, foram detidos no local.
O mais velho dos dois já tinha um mandado de prisão em aberto, expedido pela comarca de Cambará, por tráfico de drogas. Ou seja, não era exatamente sua primeira vez em encrenca com a lei.
Os dois foram apresentados na Delegacia de Polícia de Ribeirão do Pinhal e agora respondem por uma série de acusações graves: tentativa de homicídio contra os policiais, posse ilegal de arma de fogo, desobediência e, claro, resistência à prisão. A espingarda apreendida foi encaminhada para perícia.
O que parecia ser uma simples abordagem de rotina se transformou em quase meia hora de tensão máxima nas estradas do Paraná. Mais um daqueles casos que faz a gente pensar: a realidade, às vezes, supera até a ficção mais elaborada.