
O tribunal do júri em Santa Inês, no coração do Maranhão, fez soar um veredito que ecoa como um alerta severo contra a criminalidade violenta. Um homem — cuja identidade permanece sob o manto da justiça — recebeu uma sentença de 25 anos atrás das grades. O motivo? Uma sequência aterradora de eventos que incluiu latrocínio e uma investida feroz contra policiais.
Tudo começou numa daquelas noites comuns no interior, até que a rotina foi rasgada por um assalto. A vítima, um mototaxista, foi surpreendida por um indivíduo armado — e não saiu ilesa. Levaram sua motocicleta, mas o preço foi muito mais alto: sua vida.
Mas a história não parou aí. Dias depois, durante uma investida de rotina — daquelas que os policiais militares fazem todos os dias sem imaginar o perigo —, os agentes se depararam com a moto roubada. E com ela, o suspeito. Só que ele não colaborou. Não aceitou a ordem, não baixou a arma. Pelo contrário: reagiu. Atirou. Quis transformar abordagem em tragédia.
Os PMs, treinados mas humanos, revidaram. O confronto foi rápido, tenso, daqueles que deixam a respiração presa até depois do último estampido. O acusado foi baleado — sobreviveu para responder perante a lei.
No tribunal, a defesa tentou argumentar. Disse que não havia provas suficientes, que era apenas mais um jovem no lugar errado, na hora errada. Mas o Ministério Público foi incisivo. Afirmou que as evidencias eram claras como água: o homicídio no assalto, a reação violenta contra os policiais, o risco iminente a que submeteu a sociedade.
E o júri — formado por cidadãos comuns, gente do povo — não teve dúvidas. Considerou o réu culpado por latrocínio e por tentativa de homicídio contra os agentes. A pena: 25 anos de reclusão, em regime inicialmente fechado.
Um daqueles casos que faz a gente pensar. Sobre a violência que insiste em ditar regras. Sobre a coragem de quem veste a farda e enfrenta o imprevisível. E sobre a justiça, que, ainda que tardia, não se cala.