Não é todo dia que um flanelinha vira notícia, mas quando vira, é porque a coisa pegou fogo — literalmente ou não. Em Salvador, um desses "guardiões informais de vagas" acabou algemado depois de uma discussão que escalou rápido demais para o gosto dele.
Segundo testemunhas, o cara — que já era conhecido na região do Comércio — perdeu a linha quando dois PMs chegaram para liberar uma área onde ele "trabalhava". A conversa começou com um "vaza daí, meu" e terminou com xingamentos que fariam um marinheiro corar.
O que deu errado?
O problema não foi só a boca suja (que já rende uma encrenca), mas o fato dele ter avançado nos policiais como se fosse o Hulk. Um dos agentes até levou um empurrão que quase o derrubou no asfalto — e olha que o cara tava de colete à prova de balas, mas não à prova de flanelinha bravo.
Detalhe curioso: enquanto era levado, o homem gritava que "só tava ganhando o pão dele". Só que, pelo visto, o pão dele vinha com uma porção extra de confusão.
E agora, José?
O cidadão foi enquadrado no artigo 331 do Código Penal — aquele que fala de desacato — e agora aguarda julgamento. Se condenado, pode pegar até dois anos de cana ou, quem sabe, serviços comunitários. Ironia do destino: cuidar de vagas de graça depois de ser preso por cuidar de vagas por dinheiro.
Moradores da área contam que a prática dos flanelinhas tem piorado nos últimos meses, com cobranças cada vez mais agressivas. "Antes era dois reais e um sorriso, agora é dez reais ou um soco", brincou um comerciante, meio sem graça.
