Bandidos são presos após onda de assaltos chocar região noroeste de BH
Bandidos presos após assaltos na região noroeste de BH

Era um daqueles dias em que o sol castigava sem piedade as ruas de Belo Horizonte quando a polícia finalmente fechou o cerco. Dois homens — que, segundo as investigações, estariam por trás de uma série de assaltos na região noroeste da capital mineira — foram presos em flagrante. A notícia aliviou moradores que vinham dormindo com um olho aberto nos últimos tempos.

Não foi do dia para a noite, claro. A operação que levou às prisões foi resultado de semanas de trabalho discreto — aquela coisa de juntar pontas soltas, analisar padrões e, quando menos se espera, agir. Os suspeitos, que não tiveram os nomes divulgados (afinal, a Justiça ainda vai se pronunciar), estariam usando sempre a mesma tática: abordavam vítimas desprevenidas em pontos estratégicos, muitas vezes no começo da manhã ou no fim da tarde.

O que a polícia descobriu

Detalhes da investigação mostram que os criminosos agiam com uma certa... digamos, "criatividade". Um deles fazia o papel de distrair a vítima enquanto o outro agia rápido — e sumia antes que qualquer um percebesse o estrago. Roubos de celulares, carteiras e até mesmo de veículos estariam no currículo da dupla.

Mas como diz o ditado, todo excesso acaba em defeito. E foi justamente a repetição do modus operandi que deu pistas para a polícia. Câmeras de segurança, relatos de testemunhas e aquele velho trabalho de formiguinha dos investigadores fecharam o cerco.

Reação dos moradores

"Finalmente!" — foi o que mais se ouviu na região após a notícia das prisões. Quem mora por ali sabe: nos últimos meses, andar com o celular na mão ou com joias à vista tinha virado quase um convite para o azar. Dona Maria, que prefere não revelar o sobrenome, contou que já tinha até mudado o trajeto do trabalho por medo. "Parecia que eles sabiam exatamente onde e quando atacar", desabafou.

Agora, com os suspeitos atrás das grades (pelo menos por enquanto), a esperança é que a tranquilidade volte às ruas. Mas é aquela coisa: ninguém baixou a guarda completamente. Afinal, como lembra um policial que preferiu não se identificar, "onde há um vazio, outro pode aparecer".

Enquanto isso, a Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio segue com as investigações — porque, convenhamos, será que essa dupla agia sozinha? Ou será que há mais gente envolvida? Perguntas que, por enquanto, ficam no ar.