Bandido é preso após roubar arma de PM baleado no pescoço em Paraisópolis — veja detalhes
Bandido preso ao tentar roubar arma de PM baleado

Numa cena que parece saída de um filme de ação — só que, infelizmente, real — um homem foi preso nesta sexta-feira (9) após tentar o impossível: roubar a arma de um policial militar que acabara de ser baleado no pescoço. O fato aconteceu na comunidade de Paraisópolis, na zona sul da capital paulista, e deixou até os mais experientes agentes de segurança com os cabelos em pé.

Segundo informações apuradas pela reportagem, o PM estava em meio a uma operação de rotina quando levou um tiro na região do pescoço. Enquanto ele agonizava no chão, um sujeito — que devia achar que a vida é um videogame — se aproximou e tentou pegar a arma do policial. Só que esqueceu de um detalhe: colegas do militar estavam por perto.

"Não acreditei quando vi"

"Foi coisa de cinema, mas do tipo que ninguém quer ver de perto", contou um morador que preferiu não se identificar. "O policial caído, sangrando, e o malandro tentando levar a arma como se fosse um troféu. Os outros PMs reagiram na hora."

O suspeito, cuja identidade ainda não foi revelada, não teve tempo nem de sentir o peso da arma nas mãos. Foi detido ali mesmo, no local do crime, e agora responde por tentativa de roubo qualificado — entre outros possíveis crimes que ainda estão sendo investigados.

Estado de saúde do PM

O policial militar foi rapidamente socorrido e encaminhado para um hospital da região. De acordo com boletim médico divulgado há poucas horas, ele está estável, mas segue sob observação. "O tiro foi perigoso, mas graças a Deus não atingiu nada vital", explicou uma fonte da corporação.

Paraisópolis, aliás, vive dias tensos. Só nesta semana, foram registrados pelo menos três confrontos entre policiais e criminosos na região. E esse episódio em particular — um bandido tentando roubar a arma de um PM ferido — mostra o nível de ousadia que alguns marginais estão alcançando.

Questionada sobre o caso, a Secretaria de Segurança Pública limitou-se a dizer que "todos os procedimentos estão sendo seguidos conforme a lei" e que "o indivíduo já está à disposição da Justiça". Mas nas ruas, o papo é outro...

"Isso aqui tá virando terra sem lei", desabafa Dona Maria, comerciante há 20 anos na região. "Se até PM baleado não tá seguro, imagina nós, pobres mortais?"