
Aconteceu no interior paranaense, e é daquelas histórias que a gente lê e fica com um nó na garganta. Dois homens, bem na flor da idade, perderam a vida de um jeito brutal e, pasmem, um deles parece que já sentiu o cheiro da morte antes mesmo de sair de casa.
A advogada que defende uma das vítimas, a Drª. Mariana Bittencourt, não teve papas na língua. Ela contou à imprensa que o seu cliente, infelizmente já falecido, estava com um pressentimento terrível. "Ele me disse, claramente, que tinha um mau pressentimento sobre aquele encontro", revelou a profissional, com uma seriedade que corta o clima. Parece que o rapaz sabia que a coisa podia dar muito, mas muito errado. E deu.
O cenário era uma propriedade rural, longe do burburinho da cidade. A missão? Cobrar uma quantia que supostamente estava em atraso. O que era pra ser uma conversa tensa, mas dentro da lei, virou um pesadelo sem volta. Os tiros ecoaram, e quando a poeira baixou, duas famílias estavam destruídas. Uma pela perda, a outra pela dor de ter um ente envolvido numa tragédia dessas.
Um caso que vai muito além da dívida
O que esse caso joga na nossa cara, de forma tão crua, é a escalada de violência que resolve problemas que deveriam ser tratados na justiça. As pessoas estão se armando até os dentes para discutir dinheiro? É esse o país que a gente está vivendo?
As investigações, claro, estão a todo vapor. A Polícia Civil do Paraná tenta reconstituir os minutos que antecederam o confronto. Quem atirou primeiro? Foi legítima defesa, como alega a outra parte, ou foi uma execução a sangue frio? São perguntas que só uma investigação minuciosa vai poder responder. Mas uma coisa é certa: a vida vale muito mais que qualquer quantia.
Enquanto isso, nas pequenas cidades da região, o caso é o assunto principal. O burburinho é grande, e a sensação de insegurança também. Se nem cobrar o que é seu pode ser feito sem medo, o que sobra para o cidadão comum? Fica a pergunta, que ecoa sem uma resposta fácil.
É um daqueles tristes episódios que servem de alerta. Um lembrete amargo de como a impaciência e a raiva podem custar caro. Muito caro.