Vice-prefeito do Paraná é indiciado por homicídio qualificado após atropelamento e tentativa de fraudar investigação
Vice-prefeito indiciado por homicídio após atropelamento

Eis que a política paranaense se vê envolvida em mais um episódio digno de roteiro de cinema — mas, infelizmente, com consequências reais e trágicas. O vice-prefeito de uma cidade do interior do estado, cujo nome ainda não foi divulgado oficialmente, acabou indiciado por homicídio qualificado após um atropelamento que chocou a região.

Parece que o poder, para alguns, sobe à cabeça mais rápido que cachaça em festa junina. O caso aconteceu na noite de terça-feira, e o que se seguiu foi uma tentativa — das mais amadoras, diga-se — de fraudar a investigação. Segundo o delegado responsável, o político teria tentado alterar provas e influenciar testemunhas.

Uma sucessão de erros catastróficos

Não contente em ter causado a morte de um homem — um trabalhador de 42 anos que voltava para casa —, o vice-prefeito decidiu que a melhor saída seria… mentir. Que ideia, hein? Como se as câmeras de segurança e as dezenas de testemunhas fossem simplesmente sumir.

O delegado Marcelo Rocha, que comanda as investigações, não escondeu a revolta. “É revoltante ver alguém com responsabilidade pública agindo com tamanha arrogância e desrespeito pela vida”, disparou, com aquele tom de quem já viu cada coisa na carreira.

As provas não mentem

Imagens de vigilância mostram o veículo oficial — isso mesmo, oficial — avançando em alta velocidade e atingindo a vítima, que não teve chance. Detalhe: o motorista não prestou socorro imediato. Preferiu fugir, mas voltou ao local minutos depois, provavelmente quando a ficha caiu.

E olha que o drama não para por aí:

  • O carro foi levado para uma oficina particular, numa tentativa clara de reparar danos
  • Há indícios de que o vice-prefeito pressionou testemunhas a mudarem seus depoimentos
  • Ele teria dito a colaboradores que “isso vai ser abafado” — famosas últimas palavras

Pois é. Não foi.

Repercussão e próximos passos

Agora, o Ministério Público deve oferecer denúncia contra o acusado, que responderá pelo crime de homicídio qualificado — que prevê pena de 12 a 30 anos de prisão. Além disso, investiga-se a possibilidade de inclusão de outros crimes, como fraude processual e corrupção ativa.

Enquanto isso, a prefeitura emitiu uma nota dizendo que “aguarda os desdobramentos legais” e que o vice-prefeito estará afastado de suas funções. A família da vítima, naturalmente, está devastada — e exige justiça.

Mais um caso que mostra como certos políticos ainda acham que estão acima do bem e do mal. Mas a justiça, ainda que lentamente, parece estar mostrando que ninguém é intocável.