
Numa daquelas cenas que parecem saídas de filme policial, um apartamento de alto padrão no Batel, bairro chique de Curitiba, virou palco de um mistério macabro. Dois corpos — um homem e uma mulher, estrangeiros — foram encontrados sem vida na tarde de quarta-feira. E olha só o detalhe: a cena estava recheada de itens que não combinam nem um pouco com a decoração requintada do lugar.
Segundo fontes próximas ao caso — que pediram anonimato, já que a investigação corre em sigilo —, os agentes chegaram lá depois de denúncias de cheiro forte. E não era incenso, não. A ficha caiu quando viram a mesa de centro: pacotes plásticos com uma substância branca (sim, aquela mesma que você tá pensando), uma pistola 9mm e um carregador cheio de balas. Tudo muito organizado, como se alguém tivesse arrumado a cena do crime.
Quem eram os mortos?
Aí que tá o pulo do gato. Os documentos encontrados no local indicam que eles eram de nacionalidade argentina, mas a polícia ainda tá checando se os papéis são legítimos. O apartamento? Alugado há menos de três meses, segundo o síndico — que quase teve um troço quando soube do acontecido. "Eles mal apareciam, nunca deram problema", contou ele, ainda abalado.
Ah, e tem mais: os corpos não tinham marcas de violência aparente. Isso tá deixando os peritos com a pulga atrás da orelha. Envenenamento? Overdose? Ou algo mais calculado? O laudo toxicológico deve sair em até 30 dias — mas nesse ritmo, alguém vai vazar o resultado antes no Zap, como sempre.
O que se sabe até agora
- Local: Apartamento na Rua Professor Brandão, no Batel — um dos endereços mais caros da cidade
- Itens encontrados: 200g de cocaína, arma de fogo com numeração raspada, R$15 mil em espécie
- Pista curiosa: Celulares e notebooks sumiram — alguém levou ou eles nem tinham?
- Último movimento: Câmeras do prédio mostram o casal entrando na noite de terça-feira. Sozinhos.
Enquanto isso, nos grupos de WhatsApp do condomínio, o assunto é único. "Sempre desconfiei daquele apartamento", diz uma mensagem. Outra: "Aqui tá virando a Boca do Lixo". Exagero? Talvez. Mas fato é que a vizinhança elegante nunca mais vai olhar para aquele prédio com os mesmos olhos.
A Delegacia de Homicídios assumiu o caso, mas tá de bico calado. Sabe como é — quando tem droga e gringo envolvido, a história pode desandar para qualquer lado. Até Interpol já foi acionada, segundo me contaram entre um café e outro na portaria da polícia.