Mototaxistas são coagidos por tráfico a usar app de corridas em Vila Kennedy — ouça o áudio chocante
Tráfico força mototaxistas a usar app criminoso em Vila Kennedy

Era pra ser um dia como qualquer outro na movimentada Vila Kennedy, Zona Oeste do Rio. Mas um áudio que circula entre moradores e trabalhadores deixou todo mundo com os cabelos em pé. A voz rouca, cheia daquela intimidação que só quem conhece o submundo entende, não deixa margem pra dúvidas: "Quem não baixar já pode parar de rodar". Sim, estamos falando de uma ameaça direta — e das feias.

O recado? Todo mototaxista da região tem que instalar na hora um aplicativo de corridas criado... pelo tráfico. Isso mesmo que você leu. Se duvida, dá o play nesse áudio que tá dando o que falar nos grupos de WhatsApp da comunidade. Até os mais casca-grossa ficaram com a pulga atrás da orelha.

O jogo virou

Antes era só pagar uma "taxa" pra trabalhar tranquilo — aquela velha história de "segurança" que todo mundo conhece. Agora? Virou assinatura digital obrigatória. Quem não entrar na dança:

  • Pode esquecer de pegar passageiro na região
  • Risco real de ter a moto apreendida (pra não dizer coisa pior)
  • Fica marcado como "problema" na comunidade

E olha que a coisa tá feia mesmo. Um motoboy que pediu pra não ser identificado contou, com a voz embargada: "É como se a gente tivesse vendido a alma. Agora até nosso ganha-pão tá nas mãos deles". Dá pra acreditar?

O aplicativo da discórdia

Segundo relatos, a plataforma em questão:

  1. Controla todas as corridas na área
  2. Cobra comissão abusiva por cada viagem
  3. Monitora em tempo real quem tá rodando ou não

Pior? Tem gente dizendo que os dados dos passageiros — nome, endereço, trajeto — ficam todos armazenados. Prato cheio pra golpes e extorsões futuras, não é mesmo?

Enquanto isso, a delegacia mais próxima diz que "investiga o caso". Mas os motoqueiros, esses já sabem: quando o assunto é tráfico, a lei costuma chegar atrasada — quando chega. Resta torcer pra que essa história não acabe em mais um capítulo trágico das favelas cariocas.