Traficante é acusado de mandar matar Bruno Pereira e Dom Phillips: Justiça decide por denúncia
Traficante é acusado de mandar matar Bruno e Dom

O grito de justiça ecoou mais alto nesta segunda-feira (21). A Justiça Federal — sem rodeios — transformou em réu um dos nomes mais temidos do crime organizado na Amazônia. Acusado de ser o cérebro por trás das execuções brutais de Bruno Pereira e Dom Phillips, em 2022, ele agora terá que responder pelos crimes.

Quem acompanha o caso sabe: não foi um crime qualquer. Bruno, indigenista com décadas de experiência na selva, e Dom, jornalista britânico que dedicou sua carreira a contar histórias da Amazônia, foram emboscados numa região que mistura beleza e perigo — o Vale do Javari. O motivo? Parece que incomodaram gente poderosa.

O que diz a denúncia?

Os detalhes são de arrepiar. Segundo os investigadores, o agora réu não só ordenou os assassinatos como coordenou uma rede criminosa especializada em pesca ilegal e tráfico de drogas na região. E olha que tem mais: documentos apontam que ele teria oferecido R$ 100 mil pela cabeça de Bruno. O indigenista, coitado, já vinha sendo ameaçado há meses por seu trabalho de fiscalização.

O Ministério Público Federal (MPF) não deixou por menos. Na denúncia, jogou pesado: homicídio duplamente qualificado (por motivo torpe e meio cruel) e ocultação de cadáver. Se condenado, o acusado pode passar o resto da vida atrás das grades.

E agora?

O caso, que virou símbolo da violência na Amazônia, ainda tem capítulos pela frente. A defesa do acusado — claro — já anunciou que vai recorrer. Enquanto isso, familiares e amigos das vítimas seguram a respiração. Afinal, depois de tanto tempo, será que a justiça vai ser feita de verdade?

Uma coisa é certa: o mundo não esqueceu. De Londres a Manaus, a pergunta que não quer calar é: até quando a floresta vai continuar sendo palco de crimes tão bárbaros?