Suspeito de milícia é executado após deixar presídio na Bahia — veja detalhes
Suspeito de milícia executado na Bahia após sair de presídio

Era um daqueles dias abafados típicos do interior baiano quando o destino de um homem mudou para sempre. Logo após cruzar os portões do presídio — onde cumpria pena por outros crimes —, levou cinco tiros à queima-roupa. Nem teve tempo de reagir.

Segundo fontes da delegacia, a vítima (cujo nome não foi divulgado) teria ligações com uma facção criminosa que age no estilo milícia. "Não foi um acerto de contas qualquer", comentou um investigador sob condição de anonimato. "Tinha cheiro de execução mesmo."

Os detalhes que chamam atenção

O crime aconteceu na saída do Complexo Penitenciário de Feira de Santana, por volta das 10h da manhã. Testemunhas afirmam que dois homens em uma moto sem placa aguardavam do lado de fora — método clássico nesse tipo de ação.

  • Vítima havia sido liberada após cumprir pena por roubo qualificado
  • Suspeita de atuação em grupo que controla áreas periféricas
  • Corpo foi encontrado a menos de 200 metros da prisão

Curiosamente, o presídio passou por reformas recentes justamente para reforçar a segurança no entorno. De pouco adiantou. A PM baiana garante que vai "apurar com rigor", mas moradores da região já estão acostumados com esse discurso.

O que dizem as autoridades?

Em coletiva rápida, o secretário de Segurança Pública admitiu que o caso "preocupa". Porém, evitou falar em falha do sistema prisional. "Quando um indivíduo cumpre sua pena, ele está em liberdade. Não podemos vigiá-lo para sempre", justificou, num tom que deixou até os repórteres mais experientes com a pulga atrás da orelha.

Enquanto isso, nas redes sociais, o caso virou polêmica. De um lado, quem defende penas mais duras. Do outro, quem lembra que execuções sumárias só alimentam o ciclo de violência. Uma senhora que preferiu não se identificar resumiu bem: "Aqui ou morre bandido, ou morre inocente. No fim, todo mundo perde."