Operação em MT desmonta esquema de tráfico aéreo com drogas vindas da Bolívia: 6 presos
Seis presos por tráfico de drogas da Bolívia em avião em MT

Parece filme, mas é a pura realidade do fronteira mato-grossense. Numa operação que misturou inteligência, timing preciso e um bocado de ousadia, a polícia desmontou um esquema sofisticado de tráfico internacional que usava — acredite — aviões para cruzar a fronteira com a carga ilegal.

Seis pessoas, suspeitas de integrar a organização, agora estão atrás das grades. A prisão aconteceu em Pontes e Lacerda, cidade que virou palco desse verdadeiro drama policial.

Os detalhes que impressionam

A coisa não era amadora, longe disso. Segundo as investigações, o grupo operava com método: um avião monomotor, desses que quase passam despercebidos, fazia o trajeto entre a Bolívia e o Brasil carregando a mercadoria ilegal. Aterrissava em pontos isolados, longe dos olhos curiosos, onde a carga era rapidamente transferida.

Duzentos quilos de cocaína. É isso mesmo, você não leu errado. Essa foi a apreensão recorde — um golpe duro no financiamento do crime organizado na região. A polícia ainda encontrou outras evidências: equipamentos de comunicação, rastreadores e material usado no embalamento da droga.

Como a operação foi executada?

Nada foi por acaso. A ação foi batizada de 'Operação Contraponto' e nasceu de um trabalho de meses, que reuniu a Polícia Civil de Mato Grosso, a Polícia Federal e até forças de inteligência. Eles mapearam rotas, identificaram suspeitos e esperaram o momento certo para fechar o cerco.

E o momento chegou na madrugada de segunda-feira (1º). Quando o avião pousou num campo aberto, as equipes já estavam posicionadas. A surpresa foi total. Os suspeitos, que esperavam fazer mais uma entrega bem-sucedida, foram rendidos sem chance de reação.

Além das drogas, os policiais apreenderam o avião utilizado no transporte — uma peça fundamental para desvendar toda a rota do tráfico.

O que isso significa para a região?

Esse tipo de operação não é apenas sobre apreender drogas e prender pessoas. É um recado claro. A rota aérea, considerada por muitos traficantes como a mais segura e discreta, mostrou-se vulnerável. A fronteira, sempre um desafio para a fiscalização, ganha um novo patamar de vigilância.

Os seis presos, cujos nomes ainda não foram divulgados, responderão por tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico. As penas? Bem, podem chegar a 15 anos de prisão, no mínimo.

Para quem mora em Mato Grosso, uma notícia dessas traz um misto de alívio e apreensão. Alívio por ver a ação eficiente das autoridades, mas a apreensão de saber que o problema do tráfico segue vivo e se adaptando. Mas por hoje, a vitória é da lei.