
O que parecia um crime bárbaro isolado na imensidão da Amazônia ganhou novos capítulos nesta semana. Rúben Villar, conhecido como "Colômbia", foi oficialmente denunciado como mandante do duplo homicídio que tirou a vida do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips em junho de 2022.
Segundo fontes próximas ao caso, a Justiça encontrou evidências concretas ligando Villar aos executores do crime. Parece que o empresário — que já tinha histórico com a lei — não contava com a teimosia das investigações.
Os detalhes que pesaram
Entre conversas interceptadas e testemunhos cruciais, o Ministério Público garante ter montado o quebra-cabeça:
- Registros financeiros mostrando transferências suspeitas
- Padrão de comunicações antes e depois do crime
- Relatos de que Villar teria se incomodado com as investigações de Bruno sobre atividades ilegais na região
Não foi rápido, nem fácil. Dois anos de apuração meticulosa — com direito a reviravoltas e pressão internacional — até chegar neste ponto.
E agora?
Com a denúncia aceita, Villar se junta a outros três acusados que já respondem pelo caso. Se condenado, pode pegar até 30 anos de prisão. Mas sabemos como essas coisas funcionam no Brasil: a defesa já anunciou que vai recorrer, claro.
Enquanto isso, familiares das vítimas seguem buscando o que todo mundo merece: justiça. E o mundo continua de olho — porque quando um jornalista estrangeiro morre em circunstâncias tão obscuras, o barulho não para tão cedo.