
Nem tudo são flores no agreste pernambucano. Nesta quarta-feira (31), a rotina da movimentada rodoviária de Caruaru foi interrompida por uma cena digna de filme de ação — só que, infelizmente, era a pura realidade.
Dois indivíduos, que pareciam estar mais perdidos que cego em tiroteio, tentaram embarcar em um ônibus interestadual carregando nada menos que uma submetralhadora. O problema? A arma estava escondida em uma mochila, mas o nervosismo dos suspeitos chamou a atenção até de quem não estava prestando atenção.
O que aconteceu?
Por volta das 10h da manhã, agentes da Polícia Militar faziam uma ronda de rotina quando notaram os dois homens agindo de forma, digamos, "estranha". Eles suavam frio, evitavam contato visual e a mochila que carregavam parecia pesar mais que as preocupações de um concurseiro na véspera da prova.
"Quando abordamos, um deles começou a tremer feito vara verde", contou um dos policiais envolvidos na ação, que preferiu não se identificar. "A mochila estava tão inchada que parecia ter engolido um cachorro-quente gigante."
A descoberta
Ao revistar a bagagem, os agentes encontraram:
- Uma submetralhadora ponto 40
- Dois carregadores
- Munição suficiente para fazer um estrago considerável
Os suspeitos, que não tinham antecedentes criminais (pelo menos não até então), alegaram que estavam "apenas transportando" a arma para um terceiro. Convenhamos, essa desculpa é mais furada que peneira velha.
O que dizem as autoridades
O delegado responsável pelo caso, em entrevista coletiva, foi direto ao ponto: "Isso aqui não é brincadeira de criança. Estamos falando de uma arma de guerra que poderia ter sido usada para tirar vidas". Ele destacou que a ação rápida da polícia evitou o pior.
Enquanto isso, os passageiros que presenciaram a cena ainda estavam digerindo o susto. "Eu só queria ir visitar minha mãe em Recife", disse uma senhora ainda tremula. "Nunca imaginei que meu ônibus seria palco de um episódio desses."
Os dois homens foram levados para a delegacia e devem responder por porte ilegal de arma de fogo — crime que, diga-se de passagem, não pega leve no Brasil. Agora, a polícia investiga se há mais pessoas envolvidas e qual seria o destino final da arma.
Moral da história? Às vezes, o perigo está mais perto do que a gente imagina — até mesmo na fila do ônibus.