
Era um galpão aparentemente comum, desses que passam despercebidos no movimento frenético da Zona Norte carioca. Mas por trás das portas enferrujadas, uma verdadeira fábrica de crimes funcionava a todo vapor — até que a Polícia Civil decidiu cortar o mal pela raiz.
Numa operação que misturou inteligência policial com ação rápida, os agentes desbarataram o que consideram ser o maior centro de desmanche ilegal da região. E olha que a concorrência, infelizmente, não é pequena.
Toneladas de provas e um esquema bem azeitado
Quando os policiais invadiram o local, a cena era quase cinematográfica: peças de carros espalhadas como peças de dominó, ferros retorcidos que contavam histórias de roubos recentes, e até documentos adulterados esperando para dar nova identidade aos veículos.
- Mais de 50 toneladas de materiais apreendidos
- Equipamentos industriais usados para desmontagem rápida
- Dois suspeitos presos em flagrante
"Era um esquema profissionalizado", comentou um delegado que preferiu não se identificar. "Recebiam o carro roubado de manhã e à tarde já estava desmontado em peças que sumiam no mercado paralelo."
O rastro de crimes que levou à operação
Não foi por acaso que a polícia colocou os olhos naquele ferro-velho. Investigadores vinham cruzando dados — desde denúncias anônimas até padrões de roubos na região — quando as peças do quebra-cabeça começaram a se encaixar.
E o que parecia ser apenas mais um ponto de comércio irregular revelou-se o epicentro de uma rede que abastecia todo o estado. Carros roubados no Rio apareciam meses depois em outras cidades, com placas trocadas e números de chassi limpos.
Os donos de veículos que tiveram seus carros furtados podem respirar um pouco mais aliviados. Parte do material apreendido está sendo catalogado e pode ajudar a devolver pelo menos alguns dos bens roubados aos legítimos proprietários.