
Era uma operação que vinha sendo costurada há meses nos bastidores da delegacia. A Polícia Civil do Pará, em uma ação certeira nesta quinta-feira (5), conseguiu desarticular uma organização criminosa que agia como uma espécie de "empresa da morte" no sudeste do estado. O negócio macabro? Homicídios sob encomenda.
Seis mandados de prisão preventiva – todos expedidos pela Justiça de Jacundá – foram cumpridos de forma simultânea nas cidades de Marabá e Jacundá. A operação, batizada de "Cronos", mirou diretamente os integrantes desse grupo que, segundo as investigações, não tinha nada de amador.
Um esquema organizado e violento
Os investigadores descobriram que a quadrilha funcionava de maneira extremamente profissional. Eles ofereciam um serviço completo – que absurdo, não? – que incluía desde o planejamento logístico dos crimes até a execução propriamente dita das vítimas. Um verdadeiro balcão de negócios da violência.
As investigações, que começaram ainda no primeiro semestre deste ano, revelaram um modus operandi cruel. Os alvos eram escolhidos a dedo pelos clientes, que encomendavam os assassinatos por diferentes motivos. Brigas por dívidas, disputas territoriais no mundo do crime, vinganças pessoais... tudo virava motivo para um contrato mortal.
E o preço? Bem, a vida humana tinha valores variáveis nesse mercado tenebroso.
As cidades onde o terror se instalou
Marabá e Jacundá viveram sob uma sombra nos últimos meses. Os investigadores identificaram que a organização tinha ramificações sólidas nessas duas importantes cidades da região sudeste do Pará. A operação Cronos conseguiu atingir o coração desse esquema, mas ninguém duvida que a vigilância precisa continuar.
O delegado geral da Polícia Civil, Walter Júnior, não escondeu a satisfação com os resultados. Em suas palavras, a operação representou um golpe duro em uma estrutura criminosa que espalhava medo e violência pela região. "Essa ação demonstra nosso compromisso inegociável com a segurança da população", afirmou.
Os seis presos – todos do sexo masculino, diga-se – agora enfrentam a força da lei. Eles responderão por formação de organização criminosa e homicídio qualificado. Se condenados, podem passar longos anos atrás das grades.
Uma operação como essa serve de alerta. Mostra que, mesmo quando o crime se organiza, a lei pode ser mais esperta. A população de Marabá e Jacundá certamente dorme um pouco mais tranquila nesta noite. Resta torcer para que a paz seja duradoura.