PF Revela: TH Joias Lavava Dinheiro do Tráfico com Chá de Alto Padrão no Rio
PF: TH Joias lavava dinheiro do tráfico com chá premium

Parece coisa de filme, mas é a pura realidade. A Polícia Federal escancarou nesta quinta-feira (5) um daqueles esquemas que misturam luxo, crime e uma pitada de absurdo. A joalheria TH Joias, que já foi símbolo de ostentação carioca, estava até o pescoço em negócios sujos com facções criminosas.

E não era pouco dinheiro não. Estamos falando de valores que beiram os R$ 1,5 bilhão, gente. Uma fortuna que escorria por debaixo dos panos, financiando vida de rei para gente que não deveria ter um centavo limpo.

Do ouro ao chá: a lavagem criativa

O que mais choca não é só o volume, mas a criatividade criminosa. Além das joias de alto padrão — óbvio — os investigados usavam um método no mínimo inusitado: a comercialização de chás premium. Sim, chá!

Parece piada, mas a PF leva muito a sério. Eles identificaram que a empresa por trás da joalheria, a DTH, movimentava grana pesada através da venda desses chás caríssimos. Uma forma aparentemente legítima, mas que servia como fachada para justificar dinheiro que vinha direto do tráfico.

Não era um negócio de pinga. Só em 2023, as movimentações financeiras suspeitas passaram de R$ 200 milhões. Algo absolutamente fora da realidade para uma empresa do ramo.

Operação Abutre: o cerco se fecha

A operação que desmontou esse castelo de areia suja foi batizada de Abutre. Nada mais justo, já que os envolvidos viviam de se alimentar de carniça alheia. Dois mandados de prisão preventiva foram expedidos, além de buscas em endereços ligados aos investigados.

Os alvos principais? Um ex-policial militar e um empresário do ramo de joias. A dupla teria ligações diretas com a facção criminosa Comando Vermelho, a famosa CV. Eles usavam a joalheria como uma máquina de lavar dinheiro, transformando o sujo em limpo na frente de todo mundo.

O esquema era sofisticado, mas não perfeito. A PF rastreou transferências bancárias, compras de insumos sem justificativa plausível e um estilo de vida incompatível com a renda declarada. A ganância, como sempre, foi a maior aliada da investigação.

O que esperar agora? A tendência é que o caso se desdobre para revelar mais nomes e empresas envolvidas. Quando o assunto é lavagem de dinheiro, uma ponta puxa a outra — e dessa vez, a linha veio direto do mundo do crime.