PF prende suposto chefe do PCC no Nordeste em operação no litoral de SP
PF prende suposto chefe do PCC no Nordeste em SP

Eis que a rotina aparentemente tranquila do litoral paulista foi abruptamente interrompida por uma cena digna de filme policial. A Polícia Federal, sem alarde mas com precisão cirúrgica, fez mais uma captura de peso no combate ao crime organizado.

Não era um alvo qualquer. As investigações — minuciosas, diga-se — apontavam que o indivíduo detido em Praia Grande nesta terça-feira (3) supostamente comandava os tentáculos do PCC em todo o Nordeste brasileiro. Imagina só a complexidade disso?

O mais surreal? Tudo indicava que ele orquestrava essa rede criminosa diretamente de dentro do sistema prisional. Sim, você leu certo. De trás das grades, usando celulares clandestinos e uma logística que beira o inacreditável.

Os detalhes que impressionam

A operação não foi um mero golpe de sorte. Resultou de meses de trabalho duro, vasculhando papéis, interceptações e seguindo pistas que pareciam não levar a lugar nenhum. Até que levaram.

O mandado de prisão preventiva, expedido pela Justiça Federal no Ceará, já dizia muito. O sujeito era acusado de crimes gravíssimos: associação criminosa, claro, mas também tráfico de drogas e homicídio. Uma combinação letal.

E não pense que a vida dele em Praia Grande era discreta. A PF apreendeu uma quantidade significativa de dinheiro vivo — a grana que, supõe-se, movimentava a máquina do crime — e telefones celulares. Estes, provavelmente, seus instrumentos de comando à distância.

O que isso significa no tabuleiro do crime?

Prender uma figura dessa magnitude não é como prender um soldado qualquer. É como decapitar uma hidra — pelo menos temporariamente. O PCC, como sabemos, tem uma capacidade de regeneração assustadora, mas golpes assim doem. E doem feio.

A investigação, que tem um nome sugestivo — Operação Terminus —, não para por aí. Ela é um desdobramento de uma ação maior, a Operação Fênix, que desde o ano passado investiga justamente a expansão da facção pelo Nordeste. Uma região que, infelizmente, se tornou terreno fértil para essas organizações.

Resta saber quem assumirá o lugar dele. O jogo de xadrez continua, mas hoje, a justiça e a lei levaram a melhor.