
Eis que a Polícia Federal resolveu dar um basta na farra dos espertalhões. Numa operação que começou de madrugada, 12 pessoas foram detidas no Distrito Federal — e olha que o esquema era mais elaborado que roteiro de novela das nove.
O golpe? Simular doenças para sacar auxílios-doença do INSS. Só que não era qualquer migué: os investigados montaram uma estrutura completa com laudos médicos falsos, perícias adulteradas e até um esquema de laranjas. Resultado? Um rombo de R$ 30 milhões nos cofres públicos.
Como o esquema funcionava
Parece coisa de filme, mas era pura realidade:
- Médicos e peritos recebiam propina para atestar doenças inexistentes
- Funcionários públicos facilitavam a aprovação dos benefícios
- Os "doentes" repassavam parte do dinheiro aos organizadores
Detalhe curioso: alguns "pacientes" sequer sabiam que estavam sendo usados — seus dados foram clonados sem autorização. Outros, claro, entraram no jogo de olhos abertos.
Operação foi batizada de "Placebo"
Ironia fina da PF. Enquanto os criminosos fingiam tratar doenças, a polícia aplicou o remédio amargo da lei. Além das prisões, foram apreendidos:
- Computadores com documentos falsificados
- R$ 150 mil em espécie
- Veículos de luxo comprados com dinheiro desviado
Pra completar, 17 mandados de busca foram cumpridos em endereços de alto padrão — porque, convenhamos, golpista não mora em barraco.
O delegado responsável, em entrevista coletiva, soltou a pérola: "Eles se trataram na saúde pública, mas o tratamento agora será no sistema penal". E não vai ser home office, pode apostar.
Enquanto isso, o INSS promete revisar processos suspeitos. Mas a pergunta que fica: quantos esquemas como esse ainda passam despercebidos? O buraco, como dizem, é sempre mais embaixo.