PF desvenda esquema de garimpo ilegal e venda de ouro em terras indígenas de Rondônia através de celular apreendido
PF desvenda garimpo ilegal em terras indígenas via celular

A Polícia Federal (PF) desmantelou um sofisticado esquema de garimpo ilegal e venda de ouro extraído de terras indígenas em Rondônia, segundo informações divulgadas nesta semana. A investigação, que durou meses, teve como peça central um celular apreendido, que continha dados cruciais sobre a operação criminosa.

De acordo com os agentes, o aparelho revelou comunicações entre os envolvidos, transações financeiras e até rotas de escoamento do minério. "O dispositivo foi essencial para mapear toda a cadeia do crime, desde a extração até a comercialização", afirmou um delegado da PF.

Como funcionava o esquema

O modus operandi do grupo incluía:

  • Extração ilegal de ouro em áreas protegidas
  • Falsificação de documentos para "lavar" a origem do minério
  • Venda para compradores em outras regiões do país
  • Uso de laranjas para ocultar os verdadeiros beneficiários

Impactos ambientais e sociais

Além do crime ambiental, a atividade causou:

  1. Destruição de áreas de preservação
  2. Contaminação de rios por mercúrio
  3. Conflitos com comunidades indígenas
  4. Prejuízos econômicos ao erário

A PF já identificou pelo menos 15 envolvidos no esquema, incluindo garimpeiros, intermediários e empresários. As investigações continuam para apurar possíveis conexões com organizações criminosas de maior porte.

Esta operação reforça a fiscalização em áreas vulneráveis da Amazônia e demonstra como a tecnologia tem sido aliada no combate aos crimes ambientais. A população pode colaborar denunciando atividades suspeitas através dos canais oficiais.