
A Polícia Federal (PF) desmantelou um sofisticado esquema de falsificação de diplomas que atuava em 11 estados brasileiros e no Distrito Federal. A operação, batizada de "Diploma Legal", revelou uma rede criminosa que lucrava com a venda de certificados falsos em diversas áreas, incluindo saúde, direito e engenharia.
Como funcionava o esquema
De acordo com as investigações, os criminosos atuavam em duas frentes principais:
- Falsificação de diplomas de instituições de ensino reais
- Criação de faculdades e universidades fantasmas para emitir documentos fraudulentos
Os investigados utilizavam tecnologia de ponta para reproduzir selos, assinaturas e outros elementos de segurança presentes nos diplomas originais. O preço dos documentos falsos variava entre R$ 5 mil e R$ 50 mil, dependendo da área de atuação e da "reputação" da instituição falsa.
Abrangência nacional
A operação atingiu alvos nos seguintes estados:
- São Paulo
- Rio de Janeiro
- Minas Gerais
- Bahia
- Pernambuco
- Ceará
- Paraná
- Santa Catarina
- Rio Grande do Sul
- Goiás
- Mato Grosso do Sul
- Distrito Federal
Até o momento, a PF já efetuou 23 prisões temporárias e cumpre 56 mandados de busca e apreensão. Entre os presos estão os supostos líderes da organização criminosa.
Riscos para a sociedade
Autoridades alertam que a falsificação de diplomas representa um grave risco para a população, especialmente quando envolvem profissionais da saúde e da área jurídica. "Estamos falando de pessoas exercendo medicina sem qualificação, advogados sem formação adequada", destacou um delegado da PF.
A investigação continua para identificar todos os envolvidos e clientes que adquiriram os diplomas falsos. Os investigados podem responder por crimes de falsificação de documento público, estelionato e formação de quadrilha.