
Imagine acordar com o barulho de motores potentes — mas não era um sonho de consumo, era a Polícia Federal batendo à porta. Em Minas Gerais, uma operação de tirar o fôlego resultou na apreensão de verdadeiras joias sobre rodas. Ferrari, Porsche, Mercedes... Nada menos que oito veículos que valem mais que um apartamento em bairro nobre.
O esquema que virou pó
Segundo investigações que rolaram por meses (e olha que os peritos não dormiram no ponto), um grupo especializado em "criatividade financeira" aplicava golpes tão elaborados que até banqueiro experiente cairia. Estamos falando de desvios que beiravam os R$ 50 milhões — dinheiro que, convenhamos, daria para comprar um time de futebol ou bancar uma temporada inteira de "A Fazenda".
Detalhe curioso: os alvos nem se esforçavam para disfarçar. Gastavam como se não houvesse amanhã em restaurantes estrelados e resorts exclusivos. "Parecia episódio de 'La Casa de Papel', só que sem a máscara do Professor", brincou um delegado durante coletiva.
O que rolou nas buscas
- Dois endereços comerciais e cinco residenciais revirados de cima a baixo
- Documentação que poderia encher uma caminhonete — e não era nota fiscal de pão de queijo
- Computadores com dados tão bem escondidos que até o "Ctrl+F" ficaria confuso
E não pense que foi só em Belo Horizonte. A operação se espalhou como rastilho de pólvora por Contagem e Betim. Parece que o pessoal achou que interior era terra sem lei — engano feio.
"Quando vi a lista de bens, pensei que era catálogo da Geneva Motor Show", confessou um agente que pediu para não ser identificado. Entre os apreendidos, modelos que fazem até jogador de futebol pensar duas vezes antes de comprar.
E agora?
Os investigados (que vão desde "empresários" até funcionários públicos com estilo de vida incompatível) responderão por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e outros crimes que rendem até 12 anos de cadeia. Enquanto isso, os carros vão passar um tempinho no pátio da PF — ironicamente, o estacionamento mais seguro de Minas.
Moral da história? Na terra do pão de queijo, nem todo queijo derretido é honesto. E quando a PF resolve botar as garras de fora, até blindado vira carroça.