Megaoperação desmantela esquema bilionário de lavagem do PCC em postos de combustível; cinco novas facções aparecem na mira
PCC lavava R$ 500 mi em postos com mais 5 facções, diz polícia

Parece que a guerra contra o crime financeiro acaba de ganhar um capítulo digno de roteiro de cinema. A Polícia Civil de São Paulo desferiu um golpe arrasador num esquema de lavagem de dinheiro que tinha os postos de combustível como palco principal. E olha, a trama é bem mais complexa do que se imaginava.

Cinco organizações criminosas além do PCC estavam metidas nessa farra bilionária. Sim, cinco! A investigação que começou com o Primeiro Comando da Capital acabou puxando um fio que revelou uma rede assustadora de branqueamento de capitais.

Os números que chocam

Os investigadores estimam que cerca de R$ 500 milhões possam ter sido lavados através de 15 postos de combustível e empresas de fachada. Uma grana preta que voltava para o circuito legal com uma cara lavada e cheiro de gasolina.

Não era nada simples, o esquema. Os criminosos usavam laranjas – pessoas que alugavam seus nomes por mixaria – para formalizar negócios que só existiam no papel. Os postos funcionavam normalmente, mas uma parte significativa do movimento era dinheiro sujo sendo reciclado.

As facções na jogada

Além do PCC, que obviamente estava no centro de tudo, a operação identificou a participação de outros cinco grupos criminosos. A polícia ainda não divulgou os nomes oficialmente, mas fontes indicam que organizações do Rio, do Norte e do Nordeste estavam envolvidas.

Isso mostra uma tendência preocupante: as facções estão se unindo quando o assunto é lavar dinheiro. Inimigos mortais no tráfico viram sócios no crime financeiro.

Como a investigação desmontou o esquema

Foram meses de trabalho discreto. Os investigadores cruzaram dados de receita federal, movimentações bancárias atípicas e até fotos de satélite. Descobriram que alguns postos tinham movimento incompatível com sua localização – um deles, num lugar ermo, tinha faturamento maior que postos em avenidas movimentadas.

As buscas e apreensões aconteceram em endereços de luxo. Mansões, apartamentos de alto padrão e até escritórios com vista para o mar foram vasculhados. Os policiais apreenderam documentos, computadores e uma quantia significativa em dinheiro vivo.

O que me faz pensar: será que algum frentista suspeitou? Algum cliente notou algo estranho? Provavelmente não. A sofisticação do esquema era tamanha que passava despercebida aos olhos desatentos.

O que vem por aí

Esta operação é apenas o começo. As investigações continuam e novas ações são esperadas nas próximas semanas. A quebra de sigilos bancários e fiscais deve revelar ainda mais conexões e valores envolvidos.

Uma coisa é certa: o crime organizado brasileiro evoluiu. E muito. Deixou de ser apenas sobre drogas e armas para dominar complexas operações financeiras. Assustador, não?